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Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora da CPMI do 8 de janeiro.
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora da CPMI do 8 de janeiro.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de janeiro, disse em entrevista ao jornal O Globo que haverá pedidos de prisão a quem eventualmente mentir nos depoimentos dados à comissão.

"Se tiver falso testemunho na CPI, pedido de prisão será feito. Nós não vamos aceitar avacalhar os trabalhos da comissão. E eu, como relatora, não vou aceitar achar que vem para a comissão tripudiar ou tentar manipular ou instrumentalizar o colegiado", afirmou a senadora.

Na mesma entrevista, Eliziane Gama, que recebeu críticas de parlamentares oposicionistas por ser vista como alinhada ao governo e próxima do ministro da Justiça, Flávio Dino, falou sobre a possibilidade de convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para depor na CPMI.

"Vamos apresentar nosso plano de trabalho. Se a gente vir que há necessidade de chamarmos o ex-presidente, vamos chamar", afirmou.

Participação de Bolsonaro e omissão do GSI de Lula

A senadora, no entanto, evitou afirmar que houve qualquer responsabilidade de Bolsonaro como "autor intelectual" dos ataques às sedes dos três poderes. "Não posso dizer isso, é muito cedo".

Ao mesmo tempo, Eliziane Gama classificou o ex-presidente da República como "o maior formador de opinião do país, pela posição estratégica que tem" e que as posições dele "têm um impacto para o bem e para o mal no país".

A relatora complementou: "Vamos fazer uma relação das falas dele e, ao mesmo tempo, entender melhor como se deu esta conversação dele, o envolvimento dele com pessoas que podem estar diretamente ligadas ou não ao processo do 8 de janeiro".

Sobre as imagens que mostraram a inação de integrantes do GSI durante os ataques, Eliziane Gama afirmou que o ex-ministro da pasta, general Gonçalves Dias, "naturalmente irá" à comissão para prestar esclarecimentos.

Perguntada sobre a impressão que teve ao ver as imagens, a relatora reconheceu: "A primeira impressão, naturalmente, não é uma boa impressão quando você pega o fato isoladamente". Ela ressaltou, no entanto, que Lula tomou uma decisão rápida sobre o assunto.

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