Um relatório feito pelo Ministério da Justiça, no ano de 2023, durante a gestão do ex-ministro Flávio Dino, apontou falta de manutenção em estruturas do presídio federal de Mossoró (RN), de onde dois presos ligados ao Comando Vermelho escaparam em fevereiro deste ano. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo, neste domingo (31).
A Polícia Federal revelou no dia 16 de fevereiro que os presos fugiram por um buraco feito na altura de uma luminária, na lateral da parede, que não tinha a proteção de uma laje de concreto. Na madrugada de quarta (14), Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram da prisão de segurança máxima. Eles estavam em celas individuais, mas vizinhas, separadas por uma parede. A fuga foi a primeira em um presídio federal no Brasil, desde que o sistema foi criado em 2006.
De acordo com o documento da Divisão de Inteligência da penitenciária (Dint-Mos), uma pequena porta de acesso a um "shaft" (duto) estava destrancada por causa de ferrugem. E o relatório da PF mostrou que foi justamente através de uma destas estruturas, localizadas atrás de luminárias nas celas, que os detentos escaparam.
"A princípio, deduziu-se que a portinhola do shaft estava aberta em razão de esquecimento, entretanto, percebeu-se que o motivo da impossibilidade de trancar a grade foi decorrente da corrosão existente na porta", diz o texto.
Outros trechos do relatório, elaborado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais do ministério ainda na gestão Flávio Dino, já tinham sido revelados pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, em fevereiro.
O documento dizia que "caso algum dos presos ouse retirar a luminária de suas celas terá acesso à área externa de segurança máxima da PFMOS [Penitenciária Federal de Mossoró]".
A fuga dos presos segue gerando desgaste político para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente, para o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A PF e a Força Nacional não conseguiu localizar os fugitivos em mais de um mês de busca.
Mais de 500 agentes foram mobilizados na recaptura dos prisioneiros. Também foram enviados 25 agentes especializados do Ceará ao Rio Grande do Norte para ajudar nas buscas. Porém, a operação não teve sucesso.
No último dia 28, o Ministério da Justiça decidiu não renovar o uso da Força Nacional no local. Segundo o ministério, a operação de busca agora entra em uma segunda fase, com foco em ações de inteligência.
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