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Renan Filho ataca governos anteriores e diz que meta de inflação será cumprida

Renan Filho
De acordo com ele, licitações realizadas anteriormente era vencidas sempre pelas mesmas empresas. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O ministro Renan Filho, dos Transportes, atacou as licitações de rodovias feitas pelos governos anteriores ao de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a meta de inflação será cumprida neste ano e no próximo.

A crítica foi feita nesta quarta (29) durante uma cerimônia de anúncio de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em rodovias do Paraná. Em um âmbito geral, disse ele, nos nove leilões de rodovias feitos neste governo, apenas dois tiveram o mesmo vencedor, ao contrário do que em mandatos passados.

“Diferente dos governos anteriores onde os vitoriosos eram sempre os mesmos. Sou daqueles que não gosta muito de leilão onde os mesmos sempre ganham. [...] Ou o leilão está errado ou tá mal intencionado”, disparou. De acordo com ele, a empresa que venceu o leilão do Paraná é a única que conquistou duas vezes os leilões do governo.

Renan Filho ainda disparou que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez apenas seis leilões de rodovias em quatro anos, enquanto que o de Lula já fez nove e chegará a 24 pregões até o final deste mandato.

Ainda de acordo com o ministro, a meta da inflação de 2024 foi estourada apenas um pouco – chegou a 4,83% –, mas que o governo cumprirá em 2025 e 2026 dadas as condições econômicas atuais. Renan Filho disparou que “tem gente que teima em esconder a realidade” de dados positivos da economia.

“Nosso governo vai cumprir a meta de inflação em 25 e em 26. Um governo que cumpre meta não discute se a inflação é alta ou baixa. Ano passado tivemos uma dificuldadezinha, mas o senhor [Lula] cumpriu no primeiro ano [deste mandato], vai cumprir no terceiro, vai cumprir no quarto e vai chegar em 2026 com o Brasil crescendo na máxima histórica de investimentos e de consumo proveniente da renda e do trabalho”, afirmou.

Isso faz com que, diz, “seja impossível ser contra a economia brasileira”. No entanto, a inflação do primeiro ano deste terceiro mandato de Lula teve um estou de 0,12 ponto percentual acima do teto da meta (4,5%), chegando a 4,62%.

O presidente não discursou no evento.

Renan Filho emendou criticando as afirmações feitas no final do ano passado de que o Brasil tem um problema fiscal que levou a uma disparada da cotação do dólar. Na época, a moeda chegou a bater o recorde de R$ 6,20.

“No final do ano passado, tentaram colocar o tempo inteiro que o dólar tinha subido somente no Brasil por causa de um problema fiscal. O Brasil cumpriu no ano passado as regras do arcabouço fiscal, dentro do intervalo garantido”, pontuou citando a queda da cotação desde então chegando a menos de R$ 5,90 nesta semana.

No entanto, disse, isso ocorreu na verdade por um medo duvidoso que investidores tiveram de como seria a política econômica de Donald Trump. De acordo com ele, nada mudou de lá para cá exceto pelo fato das pessoas estarem conhecendo “como vai ser o governo dos Estados Unidos, e eles estavam com mais medo ainda do que poderia gerar para o planeta”.

“Neste ano, os resultados econômicos do Brasil] vão oferecer inflação na meta, Banco Central atuando pra isso, o Brasil continuar crescendo e a nossa infraestrutura avançando muito”, completou.

A previsão do ministro Renan Filho, no entanto, não encontra eco nas expectativas do mercado financeiro, que já preveem uma inflação de 5,5% neste ano – 1 ponto percentual acima do teto da meta de 4,5% – com a taxa de juros a 15% e dólar cotado em R$ 6, de acordo com o mais recente Relatório Focus, do Banco Central.

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