Avaliação do governo Lula 3 é pior do que o próprio primeiro mandato e ainda do de Dilma.| Foto: reprodução/Canal Gov
Ouça este conteúdo

A reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu em dois meses e empatou tecnicamente com a aprovação de acordo com a nova rodada da pesquisa Datafolha de avaliação deste terceiro mandato, divulgada nesta terça (17). A constatação é semelhante à apontada pela Quaest na semana passada.

CARREGANDO :)

Ao fim de dois anos desta gestão, Lula tem 35% de aprovação contra 34% de reprovação, enquanto que a avaliação regular é de 29%. Na comparação com a pesquisa anterior, em outubro, a aprovação caiu 1 ponto percentual, enquanto que a reprovação cresceu 2 pontos.

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 13 de dezembro em 113 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Publicidade

O empate dentro da margem de erro é semelhante ao apurado em outras duas rodadas da pesquisa neste ano: em agosto e em março, quando a diferença entre a aprovação e a reprovação foi de apenas 2 pontos percentuais.

A pesquisa mostra, ainda, uma queda na avaliação positiva desde o começo do governo, quando a aprovação em três meses de Lula no Planalto era de 38%, com reprovação de 30% e regular de 29%.

Segundo o Datafolha, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha um desempenho um pouco melhor a esta altura do governo, com uma aprovação de 37% e uma reprovação de 32%, sem empate técnico na margem de erro.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Lula é superado por ele mesmo e por Dilma

Por outro lado, Lula tem visto o desempenho neste terceiro governo ser pior do que o próprio primeiro mandato e, ainda, o de Dilma Rousseff (PT), que o sucedeu:

Publicidade
  • Lula 1: 45% de aprovação, 13% de reprovação e 40% regular;
  • Dilma 1: 62% de aprovação, 7% de reprovação e 30% regular.

A pesquisa Datafolha mostra, ainda, um aumento do pessimismo com os próximos dois anos de governo, em que a expectativa de uma melhora despencou 8 pontos desde a rodada de março. Já a piora subiu 4 pontos:

  • Ótimo/bom: 38%, ante 46% em março;
  • Ruim/péssimo: 34%, ante 30%;
  • Regular: 25%, ante 22%;
  • Não sabe: 3%, ante 2%.

O pessimismo também é visto em relação à expectativa de trabalho pelo que já foi realizado desde que tomou posse no começo de 2023. O Datafolha mostra uma avaliação estável desde que o questionamento aos entrevistados foi feito em março:

  • Menos do que se esperava: 58%;
  • Fez o que se esperava: 24%;
  • Mais do que se esperava: 15%;
  • Não sabe: 2%.
Publicidade

Por outro lado, a recente turbulência econômica vivida no país, com a disparada do dólar e o avanço da inflação e da taxa básica de juros, ainda não chegou à preocupação maior dos brasileiros. Para os entrevistados nesta pesquisa, questões relativas à saúde e segurança ainda ganham mais a atenção:

  • Saúde: 21%;
  • Violência/segurança/polícia: 12%;
  • Economia: 9%;
  • Educação: 8%;
  • Desemprego: 8%;
  • Fome/miséria: 7%;
  • Corrupção: 7%;
  • Desigualdade social: 4%;
  • Gestão do governo: 2%;
  • Salário: 1%;
  • Impostos: 1%;
  • Outras preocupações: 11%;
  • Não sabem: 7%.

Ainda segundo o Datafolha, a preocupação com a saúde também liderou a avaliação de Bolsonaro a essa altura do governo (30%), com o auge da pandemia da Covid-19.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]