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Republicanos segue independente mesmo com ministério de Lula, diz deputado

Marcos Pereira
Presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira, diz que apoio a Lula no Congresso será "caso a caso". (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

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O presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), declarou nesta segunda-feira (25) que o partido manterá independência no Congresso e só apoiará a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após análise de cada proposta apresentada.

Pereira esclareceu que o convite ao ministro Silvio Costa Filho para a pasta dos Portos e Aeroportos não implica num compromisso de apoio irrestrito ao governo, mas sim uma relação pessoal entre o parlamentar e o presidente Lula.

“O partido jamais poderia impedir que o Silvio assumisse o ministério quando convidado pelo governo Lula. Quando anunciamos que seríamos independentes, foi deixado claro que o partido tem pautas que são caras ao Republicanos. Nós não poderíamos abrir mão de defender essas pautas. As que coadunarem com aquilo que defendemos, nós apoiaremos. A gente tem que se pautar pela coerência, e nesse contexto vamos avaliar pauta a pauta, matéria a matéria”, disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Marcos Pereira citou temas sensíveis como a independência do Banco Central e a volta do imposto sindical obrigatório.

O deputado caracterizou o Republicanos como um partido “conservador nos costumes e liberal na economia”. Em relação a questões de costumes, ele considerou improvável que o governo avance, mas na economia, avaliarão as propostas individualmente.

Pereira salientou que o partido já vinha apoiando o governo anteriormente, antes de assumir um ministério, em votações como a PEC da transição e a reforma tributária. Ele ainda defendeu que “quem ganhou a eleição tem que tentar implementar as políticas que o elegeu”.

Quanto à próxima eleição presidencial, o presidente do Republicanos afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está focado em sua gestão no estado e negou que ele seja um “pré-candidato” ao Planalto. Ele considerou cedo para discutir nomes, mas ponderou que Lula seria o “franco favorito” caso tenha bons resultados na economia.

Sobre Jair Bolsonaro (PL), Pereira reconheceu a liderança, embora esteja inelegível, e afirmou que em 2026, se um nome ao centro com características semelhantes ao ex-presidente estiver disponível, o partido tenderá a caminhar nessa direção.

Quanto às eleições municipais de 2024, Pereira indicou que o partido vai apoiar a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), desde que o partido possa indicar o candidato a vice, com Tarcísio de Freitas desempenhando um papel central na costura dessa aliança.

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