O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) afirmou nesta terça-feira (13) que as novas denúncias contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, são “mil vezes piores que da Vaza Jato”.
De acordo com o ex-procurador da Lava Jato, “as mensagens vazadas de Alexandre de Moraes comprovam as suspeitas, que existiam desde 2019”. Ele cita que ficou comprovado a atuação de Moraes “como investigador, procurador e juiz, usando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE como “laranja” para encomendar relatórios sobre o que gostaria de decidir”.
“A iniciativa do ministro era ocultada ou disfarçada, o que pode caracterizar falsidade ideológica”, complementou.
Ao comparar o caso com a Vaza Jato, Dallagnol diz que “alegavam erroneamente que na Lava Jato havia um suposto conluio entre juiz e procurador”. “Nesse caso é mil vezes pior, não só porque existia e está comprovado, mas porque juiz e procurador eram uma só e única pessoa”, completou.
“Moraes usurpou a função pública do Procurador-Geral da República. Isso torna o ministro evidentemente impedido para todos esses casos e prova que ele decidiu mesmo sabendo que era impedido, o que caracteriza causa para impeachment do ministro prevista no art. 39, itens 2, 4 e 5 da lei de impeachment”, concluiu o ex-deputado federal.
Perseguição aos apoiadores de Bolsonaro
O gabinete do ministro Alexandre de Moraes teria investigado apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com base em relatórios solicitados informalmente à Justiça Eleitoral no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022.
O setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido usado como uma espécie de braço investigativo do gabinete do ministro para a investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (13), após a publicação ter acesso a mensagens e áudios trocados entre assessores de Moraes.
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