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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou nesta quarta-feira (4) que o governo continuará exigindo que a Starlink, do bilionário Elon Musk, cumpra a ordem judicial de bloqueio do X.
Ele ressaltou que um “ricaço de fora do país” que afronte as leis brasileiras “merece repulsa” de toda a população.
“No Brasil, ordem judicial se cumpre… Não é um estrangeiro, seja ele quem for, que nós vamos admitir vir afrontar nosso país”, disse ele em entrevista ao programa "Bom dia, Ministro", do Canal Gov.
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“Quando uma determinada empresa descumpre uma decisão judicial, como estava descumprindo, e mais do que isso, ainda chega ao tom de provocar, de afrontar, ela merece toda a repulsa da população brasileira, do governo e do país”, acrescentou.
No último dia 30, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no Brasil. A decisão foi tomada após a plataforma descumprir ordens judiciais e não indicar um representante legal no país.
Dias antes, Moraes já havia bloqueado as contas bancárias da Starlink, fornecedora de internet por satélite, para assegurar o pagamento de multas impostas pela Corte à rede social, que somam R$ 18,3 milhões.
Para o ministro, a Starlink e o X fazem parte de um “grupo econômico de fato” de propriedade de Musk. A empresa recorreu com um mandado de segurança, mas a petição foi rejeitada pelo ministro Cristiano Zanin. A Starlink ainda tenta reverter a retenção dos recursos.
Juscelino defendeu soberania nacional
A provedora de internet chegou a comunicar informalmente, no final de semana, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não bloquearia o acesso ao X.
No entanto, a empresa recuou e começou a cumprir a ordem de suspensão da rede social – que chamou de “ilegal” – nesta terça (3).
"Nós temos soberania nacional, nós temos a democracia, uma constituição que é obedecida por todos e não é um sujeito com maior poderio econômico, não é um ricaço de fora do país, que pode afrontar o Brasil dessa forma”, afirmou Juscelino Filho.
Starlink pode ter outorga cassada, caso descumpra ordens judiciais
Segundo o ministro, em caso de descumprimento de ordens judiciais, além de multar a Starlink, o governo também pode abrir um processo para revogar a outorga de prestação de serviço da empresa no Brasil.
“Se eles não cumprirem isso, naturalmente a Anatel e o Ministério das Comunicações vão abrir um processo de cassação dessa outorga. Mas a gente espera que a decisão judicial no Brasil seja cumprida”, disse.
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