A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (12) o depoimento do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Barros foi citado pelo também deputado Luis Miranda (DEM-DF) como participante do suposto esquema de corrupção na compra de vacinas contra o coronavírus pelo Ministério da Saúde. Barros nega qualquer envolvimento no caso.
Em depoimento à CPI, Miranda disse que foi o próprio presidente Jair Bolsonaro quem teria mencionado a participação de seu líder na Câmara nas negociações supostamente ilícitas.
Ricardo Barros também foi apontado como "padrinho" político de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde. Dias foi acusado pelo irmão do deputado Luis Miranda, o servidor do ministério Luis Ricardo Miranda, de ter pressionado para acelerar a compra da vacina indiana Covaxin. O negócio envolvia a empresa Precisa, intermediária brasileira do laboratório indiano Bharat Biotech. E o imunizante teria um custo mais elevado do que o das demais vacinas.
Além disso, Dias foi acusado pelo policial Luiz Paulo Dominguetti de ter pedido propina de US$ 1,00 por dose em outra negociação sobre vacinas – neste caso, para a compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca. Dominguetti representava a empresa Davati, que alegava ter as doses.
Ricardo Barros nega ter indicado Roberto Ferreira Dias para o Ministério da Saúde.
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