O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu que a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostamente participar de um esquema voltado à suposta tentativa de golpe de Estado citada na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) leve em conta a “presunção de inocência” dele. O candidato à reeleição na capital paulista expressou expressou confiança no trabalho das instituições democráticas e do Judiciário.
"A Constituição Federal é o guardião da democracia e nela está claro o princípio da presunção de inocência. Defendo e confio nas instituições democráticas, bem como confiança no Judiciário. Investigados devem ser ouvidos e a Justiça, fazer o seu papel, de julgar com base nas evidências e provas", afirmou o prefeito em entrevista à CNN Brasil. Ele conta com o apoio do PL na sua campanha de reeleição.
A operação da PF, que investiga o partido como estrutura financiadora de uma suposta articulação golpista contra o resultado das eleições de 2022, gera preocupações nos bastidores da campanha de Nunes. Seu principal adversário, o deputado e pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), aproveitou as redes sociais para associar Nunes a Valdemar Costa Neto e Bolsonaro.
Internamente, membros dos partidos aliados de Nunes manifestaram a necessidade de avaliar os impactos imediatos da operação sobre os possíveis candidatos a vice na chapa de reeleição. Apesar de receber sugestões do presidente do MDB, Valdemar Costa Neto, para a escolha do vice, o nome preferido por Bolsonaro, coronel Ricardo Mello Araújo, não foi bem recebido pela base aliada.
A operação que teve Bolsonaro como alvo, denominada Tempus Veritatis, resultou na execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-presidente e seus apoiadores.
Os mandados foram autorizados por Alexandre de Moraes, que mencionou um suposto decreto envolvendo a prisão dele, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da convocação de novas eleições.
De acordo com a investigação, os suspeitos teriam trabalhado para invalidar o resultado das eleições de 2022, que resultou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da realização do pleito. A polícia sustenta que o núcleo de Bolsonaro atuou descredibilizando as urnas e incentivando atos extremistas, e posteriormente tentou convencer as Forças Armadas a intervir para impedir a transição de poder após a confirmação da vitória de Lula.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião