Deputado federal General Pazuello (PL-RJ)| Foto: Câmara dos Deputados
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O deputado federal e ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello (PL-RJ), disse nesta terça-feira (24) que “a violência no Rio de Janeiro não é pra amador”. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, ele lamentou os recentes “atos terroristas” e apontou que o estado carioca é a base das organizações criminosas que se espalham pelo Brasil.

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“Já se tentou muitos desenhos, intervenções federais plenas e pontuais, trabalhos coordenados, programas como a UPP, e as coisas começam mas não terminam, não se dá continuidade. E infelizmente, o Rio de Janeiro é a base das organizações criminosas que estão no nosso país. O Comando Vermelho, por exemplo, já está na sua terceira geração”, diz Pazuello.

Entre as dificuldades para o combate ao crime, o general cita o comando das milícias, que se uniram ao narcotráfico, virando uma “narcomilícia” e as ocupações irregulares nas encostas que dificultam o acesso das forças militares.

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“Hoje, nós temos verdadeiras áreas dominadas pelo crime organizado no nosso Estado, na nossa cidade do Rio de Janeiro, que tem regras, justiça nos moldes da Justiça Draconiana. Então, eles fazem a justiça deles do narcotráfico”, diz Pazuello.

Para o deputado, os ataques que ocorreram nos últimos dias precisam ser equiparado a “atos terroristas”. Ele ainda comparou as facções criminosas do Rio de Janeiro com o grupo terrorista Hamas, que desencadeou a guerra que já vitimou mais de 7 mil pessoas no Oriente Médio.

“Desculpe a comparação, mas é preciso compreender que da mesma forma que em Gaza os palestinos são dominados pelo grupo terrorista, que é o Hamas, no Rio de Janeiro, a população carioca nas favelas, é dominada pelas facções criminosas, por atos terroristas em cima da população”, declara.

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Como solução para o combate ao crime organizado, Pazuello apontou que “o Rio de Janeiro precisa de coordenação de ações para segurança pública e isso envolve ações municipais, estaduais, federais e da sociedade civil”.

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“Cada vez que não enfrentamos de forma séria o narcotráfico, ele se fortalece a cada dia, cria barricadas, túneis e pontos de apoio, e vai se tornando uma área quase intransponível para ações policiais. Então, eles precisam ser tratados como terroristas, e é preciso degradar o poder de combate dessas facções impedindo a chegada de novos armamentos e a entrada de novos membros para esses grupos”, conclui Pazuello.