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Roberto Freire deixa presidência do Cidadania; adesão ao governo Lula originou crise no partido

Roberto Freire
Reunião tensa no fim de semana aprovou resolução que pode tirar Roberto Freire do comando do Cidadania após 31 anos. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / arquivo)

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Após mais de 30 anos à frente do Cidadania, antigo Partido Popular Socialista (PPS), Roberto Freire deixou a presidência da legenda neste sábado (9). A saída é resultado de uma manobra interna para viabilizar a adesão do partido ao governo Lula. No lugar de Freire assume Plínio Comte Bittencourt, líder do Cidadania no Rio de Janeiro.

No mês passado, enquanto o Diretório Nacional do Cidadania declarou apoio ao governo Lula, uma bancada de cinco deputados federais anunciou independência, buscando alinhamento mais à direita, o que gerou grande desgaste entre as lideranças.

Após uma reunião marcada por bate-boca e gritaria, o diretório aprovou a realização de uma votação para escolha de novos dirigentes da executiva nacional do partido neste sábado (9). Ex-ministro de Michel Temer, Freire reclamou que a manobra era uma tentativa de expulsá-lo do partido com o objetivo de “aderir ao governo Lula”.

“Fui leal aos meus princípios, aos princípios do partido e à nossa história, que, espero, não consigam desonrar. Aos amigos e companheiros leais de luta, que se somaram a mim nesse esforço, meu respeito e minha gratidão”, disse Freire por meio de nota.

Inicialmente membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), pelo qual disputou a Presidência da República em 1989, Freire passou ao PPS na década de 1990 e já foi deputado federal, senador e ministro da Cultura durante o governo Temer.

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