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Campanha antecipada

Rogério Marinho aciona TCU e PGR contra Lula por uso indevido de recurso público em ato eleitoral

Lula pediu votos para Guilherme Boulos (Psol) no evento de 1º de maio
Durante ato do 1º Maio, custeado com recurso público, Lula antecipou a campanha eleitoral e pediu voto para Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.)

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O senador e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), pediu que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem o presidente Lula (PT) e os ministros Márcio Macêdo (Secretaria Geral da República) e Paulo Pimenta (Secom) por uso indevido de recurso público em razão da organização e custeio do ato do Dia do Trabalho, ocasião em que Lula pediu votos para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), em claro descumprimento à lei eleitoral.

Lula e Boulos participaram de um ato organizado por sindicatos, na quarta-feira (1), que contou com patrocínio da Lei Rouanet, Petrobras e Sesi. O evento reuniu menos de 2 mil pessoas no estacionamento do estádio do Corinthians, em São Paulo. Além de Boulos, nove ministros de Estado estavam no palco ao lado de Lula.

Durante o ato, além de pedir votos para Boulos, Lula criticou a organização por conta da pequena quantidade de pessoas presentes. A lei eleitoral diz que só é permitido pedir votos para um candidato a partir do início oficial da campanha eleitoral em 16 de agosto.

No pedido de investigação feito ao TCU, o senador Rogério Marinho também cita a Petrobras e solicita uma auditoria detalhada para avaliar o uso dos recursos da estatal e da Lei Rouanet em eventos privados com fins eleitorais.

“Na qualidade de Senador da República, tenho o dever de, no exercício de meu mandato, fiscalizar as ações e atuações do Poder Executivo Federal, de maneira que a participação do Presidente Lula no evento do dia do Trabalho, na cidade de São Paulo, organizado e custeado com recursos públicos, incluindo a transmissão ao vivo via EBC, em desvio de finalidade, pode ter representado o cometimento de ilícitos contra a gestão pública, de responsabilidade, eleitoral e de improbidade administrativa”, diz um trecho do pedido do senador a que a Gazeta do Povo teve acesso.

À PGR, o senador pede a abertura de um procedimento para investigar o uso indevido da máquina pública federal e de recursos públicos para ato de campanha eleitoral antecipada e abuso de poder econômico.

“O que chama a atenção também é que o Governo Federal apagou de seus canais oficiais a transmissão do ato do Dia do Trabalho em que o presidente Lula fez campanha para o senhor Guilherme Boulos, reconhecendo, assim, que o ato é ilícito e pode ter repercussões em diversas esferas. A situação é preocupante, já que retrata a utilização de Leis e de um evento organizado e custeado com recursos públicos, em desvio de finalidade, para realização de verdadeira propaganda eleitoral extemporânea, veiculada por canal público (EBC), com pedido expresso de voto”, disse o senador em um trecho da solicitação à PGR.

Ainda na quarta-feira, após as críticas, o governo apagou o vídeo com a transmissão do evento dos canais oficiais nas redes sociais.

Após uma ordem da Justiça Eleitoral motivada por um pedido do partido Novo, Lula também removeu o vídeo da transmissão do seu canal pessoal no Youtube.

Além do partido Novo, os deputados Kim Kataguiri (União), Coronel Meira (PL-PE), Carla Zambelli (PL-SP), e os diretórios do PSDB e MDB, além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), denunciaram Lula e Boulos por campanha eleitoral antecipada.

Pelas redes sociais, nesta quinta-feira (2), a deputada federal Bia Kicis (PL-SP) informou que a oposição e a minoria da Câmara também irão denunciar ao TCU o “uso irregular de verbas públicas no showmício de Lula e Boulos e o cometimento de vários possíveis crimes eleitorais” 

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