Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Líder da oposição

Marinho cobra que governo Lula repudie terrorismo do Hamas: “Relativização do mal”

Rogério Marinho
Rogério Marinho diz que é inaceitável que o Brasil “se cale diante da barbárie, do terrorismo e dos crimes contra a humanidade em Israel”. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Ouça este conteúdo

O líder da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), questionou, nesta sexta-feira (13), a postura do governo brasileiro de não condenar explicitamente os atos terroristas do Hamas contra Israel. Desde o início da ofensiva do grupo extremista, no último sábado (7), o governo brasileiro tem evitado classificar o grupo como terrorista.

A justificativa é que o país está seguindo a consideração da ONU, que também não reconhece essa condição da facção. Esse posicionamento tem sido fortemente criticado, e mesmo membros do governo também evitam definir os ataques como atos de terrorismo.

Para Marinho, “é inaceitável que o Brasil se cale diante da barbárie, do terrorismo e dos crimes contra a humanidade em Israel”.

“Nós não podemos relativizar o mal. Não podemos passar pano. Não podemos abrir mão da nossa justa indignação. Eu espero de verdade que o governo brasileiro reveja seu posicionamento e denuncie publicamente, internacionalmente, esse grupo como um grupo criminoso e terrorista e entenda a diferença do que é, de fato, terrorismo”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.

Para o senador, o terrorismo “é um conceito muito fácil de ser percebido, e nós estamos vendo a relativização desse conceito, e a relativização do mal”.

“O governo brasileiro tem o dever de repudiar esse tipo de comportamento e apontar o dedo, como país e sociedade, para dizer: ‘não temos nada a ver com esse grupo extremista e criminoso que deve ser retirado do convívio das pessoas de bem’”.

Nesta quinta-feira (12), na primeira aparição pública após a cirurgia a que foi submetido para a colocação de uma prótese no quadril, o presidente Lula (PT) voltou a classificar os ataques como "terroristas" após dias apenas repudiando a violência dos atos.

Na terça-feira (10), o Itamaraty foi duramente criticado por tratar, em nota oficial, o assassinato do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer como “falecimento”, sem sequer citar os atentados. Ranani é um dos brasileiros mortos pelo grupo terrorista Hamas durante os ataques a Israel. Nesta sexta, o Itamaraty divulgou nova nota sobre a terceira brasileira morta em decorrências dos ataques terroristas. Desta vez, o Itamaraty mencionou os atentados, mas não mencionou o nome do Hamas e não citou o caráter terrorista dos atos.

Em 2021, dois ministros de Lula além de vários membros do PT ligados ao presidente Lula e entidades aliadas ao partido, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se posicionaram abertamente contra classificar o Hamas como um grupo terrorista.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.