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Materiais apreendidos na casa de Ronnie Lessa, preso desde março de 2019: ex-PM diz temer pela segurança da família
Materiais apreendidos na casa de Ronnie Lessa, preso desde março de 2019: ex-PM diz temer pela segurança da família| Foto: EFE/Antonio Lacerda

Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), afirmou em uma carta estar arrependido de ter feito o acordo de delação premiada, segundo informações do Poder360.

Lessa apontou os irmãos Chiquinho Brazão (sem partido), deputado federal, e Domingos Brazão como os mandantes do crime. Na carta, endereçada ao cunhado Bruno Figueiredo, o ex-policial militar expressa preocupação com a segurança de sua família.

“Coloquei a cabeça deles na guilhotina e só decidi delatar porque me garantiram que viriam para cá [São Paulo]. [...] Eu respeito a opinião deles, mas o risco que estão correndo é real, não podiam ter me garantido. Se me falassem que não viriam, eu não teria aceitado proposta nenhuma. Eu não estaria aqui, mas eles não estariam correndo risco nenhum, agora estão. E muito”, escreveu Lessa.

Lessa convida cunhado para começarem negócio

Preso desde março de 2019, Lessa compartilha os planos para o futuro. A abertura de um negócio na área de psicultura, para o qual convida o cunhado para ajudá-lo, está incluso nos projetos futuros.

“Preciso saber se você quer ou não. O Ministério Público do Rio vai liberar, se já não liberou, um dinheiro meu que estava arrestado. Isso faz parte de nosso acordo”, afirmou.

Apesar dos planos, o ex-policial relata que está com depressão. “Bruno, o que está me deixando mais para baixo ainda é a preocupação com todos aí, pô, eles me garantiram que viriam para São Paulo. Eu sonhava que teria visitas semanais e dormiria mais tranquilo com eles longe daí.  [...] Estou tendo muita depressão, isso é péssimo, eu não me reconheço, tenho vontade de desistir de tudo, inclusive da vida”, disse.

Em junho, após o ministro Alexandre de Moraes acatar o pedido de transferência do preso, Lessa foi levado para a penitenciária de Tremembé, em São Paulo. Em outra decisão, Moraes determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo mantenha o monitoramento das conversas, tanto verbais quanto escritas, de Lessa.

Os irmãos Brazão negam envolvimento no assassinato de Marielle.

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