O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deve pedir o indiciamento do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias por falso testemunho em sessão do colegiado.
Em seu depoimento, G. Dias, como é conhecido, afirmou que o tema das invasões não havia sido tratado pelo governo federal, no entanto, foi desmentido por outros dois ministros, Paulo Teixeira e Carlos Fávaro, responsáveis pelas pastas do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura e Pecuária, respectivamente.
A sinalização ocorreu após a afirmação, por parte do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em esclarecimento à CPI, de que o tema das invasões de terra havia sido tratado pelo governo Lula. O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), questionou o ministro Fávaro sobre as conversas que teriam sido feitas nos três primeiros meses de governo, tempo em que G.Dias ocupou o cargo de ministro do GSI.
“O governo trabalhou a desocupação da Suzano. O diálogo foi permanente. O presidente [Lula] chegou a um determinado ponto que determinou ‘façam um banco de dados de propriedades públicas, coloquem na prateleira e vamos retomar a reforma agrária, que não precisa ser através de invasão”’, disse o ministro Fávaro.
“Seria surpreendente que algo tão impositivo e pernicioso para o nosso agro não tivesse sido tema [de reuniões do governo]. Essa informação que o senhor traz, e que é consonante com a do ministro Paulo Teixeira, desmentem mais uma vez, com as suas histórias e mentiras fantasiosas, o G.Dias, que disse aqui nesta comissão, como convocado, que esta questão de invasão de terras não foi objeto de preocupação do governo nesses primeiros três meses. Mais um motivo para que ele seja indiciado por esta CPI”, afirmou Salles.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF