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Deputada do PSOL

Sâmia, que taxou 8/1 de terrorismo, pede liberdade de militantes presos por quebra-quebra na Alesp

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) saiu em defesa dos militantes presos por conta do quebra-quebra na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na quarta-feira (6), durante a aprovação do projeto que privatiza a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Vídeos mostram os momentos de tensão em que os militantes tentaram romper o parapeito de vidro que faz a separação para o plenário da Casa. Com a confusão, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada e precisou usar gás de pimenta para dispersar os vândalos. Houve pancadaria e quatro pessoas foram presas.

Durante a ação, um policial teve o braço quebrado e outros dois sofreram ferimentos na cabeça e precisaram levar pontos. Após esvaziamento do plenário, a sessão foi retomada sem a presença do público.

O carpete do plenário ficou marcado de vermelho. A Polícia Militar informou que apreendeu tinta nanquim na cor vermelha, que alguns manifestantes teriam passado nos próprios corpos para simular sangue nas imagens que estavam sendo registradas no local.

“Exigimos liberdade imediata para Vivian, Ricardo, Hendryll e Lucas! Quatro manifestantes detidos pela ação criminosa da PM, a mando de Tarcísio, hoje, na ALESP. Tudo em nome de privatizar a Sabesp. Abaixo a repressão”, escreveu Sâmia na rede social X.

Apesar de sair em defesa dos vândalos, que a deputada nomou “manifestantes”, Sâmia usou a mesma rede social no dia 8 de janeiro para condenar os protestos na Esplanada dos Ministérios e no Congresso.

Na ocasião, a parlamentar chamou todos os manifestantes de “terroristas bolsonaristas” e pediu a prisão de “golpistas” e supostos “financiadores” dos atos. Na mesma publicação, a deputada disse que os atos do 8/1 são “inaceitáveis” e cravou: “Chega! Sem anistia!”.

Não é a primeira vez que a deputada gera polêmica por sair em defesa de grupos que se utilizam de táticas violentas para reivindicar pautas políticas. Em 2021, Sâmia foi uma das signatárias da polêmica carta em defesa do grupo terrorista Hamas.

Na época, membros do PT, PSOL e de entidades ligadas à esquerda, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se manifestaram contra uma declaração do governo britânico, apoiado por Estados Unidos e países da União Europeia, que classificava o Hamas como organização terrorista.

Parlamentares da oposição criticaram o duplo padrão da deputada  

Ao comentar a publicação de Sâmia sobre os vândalos da Alesp, o deputado estadual Major Mecca (PL-SP) disse que os atos foram registrados em câmeras e as imagens demonstram o caráter violento da ação dos militantes. A fala faz referência às imagens do 8/1 que foram “perdidas” pelo Ministério da Justiça.

“Bom dia Sâmia Bomfim. Na ALESP temos câmeras em abundância para demonstrar que não se trata de liberdade de expressão, mas esses sim, partiram para ação de violência. Inclusive, não sei se importa, mas os únicos feridos nessa patifaria promovida pelos sindicatos, foram 2 policiais. Caso a justiça solicite imagens, temos com fartura”, escreveu Major Mecca na rede social X.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também comparou o caso ao tratamento dado aos presos do 8 de janeiro. “Será fixado 17 anos de cadeia para eles? Restringirá os advogados dos autos? Deixará eles presos, mesmo sem denúncia? Morrerão na cadeia por problemas de saúde? Percebe? É pura perseguição política. Nada mais, nada menos”, disse o deputado.

Ao comentar a publicação de Nikolas, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ironizou: “Acho que a justiça vai prevalecer nas próximas 48h. As fontes são de emissários que não quiseram se identificar mas fazem parte da assessoria de comunicação do descondenado”.

Já o deputado Junio Amaral (PL-MG), disse que os vândalos "partiram para cima da polícia durante a votação sobre a privatização da Sabesp e agora estão se vitimizando na internet". "Psolistas, petistas e outros energúmenos saíram em defesa desses canalhas que pregam ‘democracia’, mas não toleram uma votação democrática. Parabéns aos militares”, escreveu na rede social X. 

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) disse que a polícia agiu corretamente e chamou os militantes de “terroristas”.

“A esquerda vai chamar os que não aceitaram o resultado da votação da privatização da Sabesp, ontem, de golpistas? Vandalizaram a Alesp por não aceitarem a derrota! A reação da Polícia Militar foi correta! Usou o uso progressivo da força contra os terroristas que queriam invadir o Plenário. Apesar do líder de vocês falar que a democracia é relativa, ela não é. Aprendam a perder”, disse Kataguiri.

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