O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL)| Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ Secom
Ouça este conteúdo

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), se livrou do segundo processo de impeachment nesta sexta-feira (7). Com a decisão, ele volta ao cargo, do qual estava afastado desde 30 de março; e a governadora interina, Daniela Reinehr, volta ao cargo de vice.

CARREGANDO :)

Carlos Moisés respondia a processo por crime de responsabilidade pela compra, com pagamento antecipado e sem a realização de licitação, de 200 respiradores para pacientes de Covid-19 no começo da pandemia, em abril de 2020. O valor da compra foi de R$ 33 milhões; e os respiradores não chegaram Santa Catarina. Só parte do dinheiro foi recuperado

A decisão desta sexta-feira foi tomada pelo Tribunal Especial de Julgamento do processo de impeachment, formado por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). A sessão foi remota por causa da pandemia de coronavírus.

Publicidade
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

O placar do julgamento ficou em 6 a 4 a favor do impeachment de Carlos Moisés. Mas, para que o governador fosse afastado de forma definitiva, eram necessários 7 votos (maioria qualificada).

Votaram contra o governador de Santa Catarina: a desembargadora Rosane Portela Wolff (relatora do caso), a desembargadora Sônia Schmitz, o desembargador Roberto Pacheco, o desembargador Luiz Zanelato, o desembargador Luiz Fornerolli e o deputado Laércio Schuster (PSB).

Os principais responsáveis pela absolvição de Carlos Moisés foram os deputados estaduais que compuseram o Tribunal Especial. Votaram contra o impeachment do governador: o deputado Marcos Vieira (PSDB), o deputado José Milton Scheffer (PP), o deputado Valdir Cobalchini (MDB) e o deputado Fabiano da Luz (PT).

Governador de Santa Catarina se livrou de outro impeachment

Esse é o segundo processo de impeachment pelo qual o governador de Santa Catarina passou. No primeiro, julgado em novembro do ano passado, ele havia sido absolvido da acusação de promover ilegalmente uma equiparação salarial para procuradores do estado.

Publicidade
Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]