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O Ministério da Saúde declarou estado de transmissão comunitária do novo coronavírus em todo o Brasil. A ação tem a intenção de unificar ações em todos os Estados e tornar mais restritivas as medidas de contenção da Covid-19, como a limitação da circulação de pessoas acima de 60 anos. A Portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, também garante a possibilidade de atestado médico para a família de pessoas com sintomas de gripe, independente da idade.
Os Estados que já registraram a transmissão comunitária, também conhecida como sustentada, são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Este tipo de propagação é caracterizado no momento em que não é mais possível identificar a origem da contaminação de uma pessoa naquela cidade. Ainda assim, o governo decidiu ampliar a medida para todos os entes da federação.
Pelo texto, pessoas com sintomas de gripe serão tratadas como se estivessem com a Covid-19, mesmo antes de realizar o exame. Os sintomas considerados são tosse seca, dor de garganta ou dificuldade respiratória, acompanhada ou não de febre.
"Para contenção da transmissibilidade da covid-19, deverá ser adotada como, medida não-farmacológica, o isolamento domiciliar da pessoa com sintomas respiratórios e das pessoas que residam no mesmo endereço, ainda que estejam assintomáticos, devendo permanecer em isolamento pelo período máximo de 14 (quartorze) dias", diz o texto.
Os familiares do paciente com suspeita de covid-19 não precisarão ir pessoalmente à unidade de saúde, mas será necessário apresentar declaração com a relação de pessoas que residem no mesmo endereço.
Para os idosos, as recomendações ficam ainda mais expressas no que diz respeito ao isolamento social. Como eles fazem parte do grupo de risco, que demandam maior número de internações, a iniciativa tenta evitar a superlotação de hospitais caso haja muitas contaminações simultâneas.
"As pessoas com mais de 60 (sessenta) anos de idade devem observar o distanciamento social, restringindo seus deslocamentos para realização de atividades estritamente necessárias, evitando transporte de utilização coletiva, viagens e eventos esportivos, artísticos, culturais, científicos, comerciais e religiosos e outros com concentração próxima de pessoas", afirma o documento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a decisão de ampliar a classificação observa "o comportando do vírus" e permite a "adoção de medidas padronizadas".