O secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, disse enxergar “conotação política” em parte dos incêndios florestais.
Na visão do secretário, as queimadas foram agravadas por fenômenos climáticos e por ações criminosas de pessoas revoltadas com as ações do governo federal contra o desmatamento ilegal.
“Tem, inclusive, incêndio que a gente imagina que possa ter conotação política. É uma reação de parte da sociedade que não se conforma, que não se enxergou dentro da sustentabilidade”, disse o secretário em entrevista concedida ao programa “Natureza Viva”, da Rádio Nacional, emissora da EBC.
Lima ainda disse que o Brasil vive um período de estiagem atípico e destacou a dificuldade do governo em prever a situação climática do país.
“Uma coisa é prever um ano seco. Outra coisa é prever um ano extremamente seco. É o maior ano de seca nos últimos 60 anos na Amazônia, nesse grau que a gente está vendo, não só de baixa umidade, de praticamente zero de chuva e de alta de calor. São 3 elementos simultaneamente agindo sobre a Amazônia, num momento em que não era mais para ser assim”, afirmou Lima.
“Terrorismo climático”
A fala do secretário vai no mesmo sentido de declarações recentes da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que tem atribuído os incêndios a um suposto “terrorismo climático”.
Nesta segunda-feira (23), em entrevista ao jornal Valor Econômico, Marina defendeu o controle da sua pasta sobre a “autoridade climática” recentemente anunciada pelo presidente Lula (PT).
A ministra espera a constituição de uma “instituição de formulação de política, proposição de regras, de fiscalização e punição”, que esteja sob comando técnico.
Questionada sobre o que quis dizer quando cunhou o termo “terrorismo climático”, Marina disse que se referiu a uma aliança metafórica entre o crime e um evento climático.
“Não tem nem palavras para dizer o que tá acontecendo no Brasil, é algo aterrador. Então, metaforicamente, é uma aliança do crime com um evento climático extremo, onde existem pessoas que deliberadamente estão tocando fogo em floresta, em pastagem e em lavouras. Não só o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado”, afirmou a ministra.
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