Horas antes da invasão do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), o secretário de segurança em exercício do Distrito Federal, Fernando de Sousa Oliveira, tranquilizou o governador Ibaneis Rocha (MDB) sobre a multidão que se aproximava da Praça dos Três Poderes.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Horas antes da invasão do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8) por manifestantes, o secretário de segurança em exercício do Distrito Federal, Fernando de Sousa Oliveira, tranquilizou o governador Ibaneis Rocha (MDB) sobre a multidão que se aproximava da Praça dos Três Poderes, afirmando que a manifestação era pacífica. Os áudios foram revelados pelo Metrópoles.

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“Vou passar o último informe do meio-dia para o senhor. Tudo tranquilo. Os manifestantes estão descendo lá do SMU - Setor Militar Urbano - controlados, escoltados pela polícia. Tivemos uma negociação para eles descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam”, disse o secretário.

“Tá um clima bem tranquilo, bem ameno. Uma movimentação bem suave e a manifestação totalmente pacífica. Até agora nossa inteligência tá monitorando e não há nenhum informe sobre questão de agressividade e ligada a esse tipo de comportamento”, afirmou Oliveira em uma mensagem de áudio encaminhada por volta das 13h32 ao governador do DF.

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“Tem aproximadamente 150 ônibus já no DF, mas todo mundo de forma ordeira e pacífica. Final da tarde eu passo outro informe para o senhor” disse o secretário. A invasão começou cerca de 1 hora depois.

O titular da pasta, Anderson Torres, viajou de férias para os Estados Unidos e foi exonerado. Após a invasão, o governo federal decretou uma intervenção federal na segurança do Distrito Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do governo. Horas antes da decisão, Rocha chegou a grava um vídeo com pedido de desculpas ao presidente Lula.

O governador afirmou ainda que ele e o ministro da Justiça, Flávio Dino, acompanhavam o movimento dos manifestantes desde sábado (7), mas não acreditavam que a situação tomaria a proporção. Ibaneis disse também que irá atuar para apurar a atuação da PM do DF durante as invasões aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.