O secretário João Brant, de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), atacou o empresário Elon Musk nesta terça (9) classificando-o como um “provocador que instrumentaliza a sua rede social para fins políticos e econômicos” e que faz um “ataque à democracia nacional”.
A crítica ocorre três dias depois do bilionário americano de origem sul-africana afirmar que passaria por cima de decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspenderam perfis de alguns brasileiros na rede social X, restabelecento as contas.
“Isso tem uma gravidade enorme, porque afeta uma parte do debate público no Brasil. Faz com que se tenha um espaço que era para ser uma esfera pública e democrática e está marcado por um viés, uma manipulação do debate público. Na prática, ele está dando apoio e guarida a golpistas”, disse Brant em entrevista à GloboNews.
João Brant afirma que o dono do antigo Twitter decidiu se aliar a “uma minoria turbulenta que aposta na quebra das regras democráticas”, em referência aos atos de 8 de janeiro de 2023 que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Para ele, essa “minoria turbulenta” “adotou discursos e práticas golpistas que vinham sendo expostas pelas delações e depoimentos que foram dados recentemente no âmbito das investigações do 8 de janeiro”.
O secretário ainda intimou o Congresso a assumir uma “responsabilidade” para a regulamentação do uso de redes sociais no Brasil. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou sugestões sobre o tema.
“A democracia deve permitir o debate franco de posições diferentes, de esquerda e direita, mas não deve permitir ataques aos pilares da própria democracia, como a confiança do sistema eleitoral e às instituições: Legislativo, Executivo e Judiciário”, completou.
Alinhados com a reação de Moraes, representantes do governo e parlamentares da esquerda reforçaram os pedidos para regulação das redes sociais, pediram a “responsabilização” de Musk e o acusaram de ser um tipo de “porta-voz da extrema-direita global”.
Nesta segunda-feira (8), o Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse ter denunciado Musk durante reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington, nos Estados Unidos, e prometeu medidas "concretas e contundentes, com alcance internacional, na luta contra o discurso de ódio, a desordem informacional e o extremismo".
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