Cármen Lúcia, presidente do TSE, falou em Judiciário independente e imprensa livre ao votar,| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Ouça este conteúdo

Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou no segundo turno das eleições municipais neste domingo (27) em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Ela chegou à seção antes da abertura da votação no Colégio Santo Agostinho. Enquanto aguardava na fila, conversou com outros eleitores.

CARREGANDO :)

Após o voto, a ministra declarou que espera "que seja um domingo de alegria democrática, sem violência, em paz". Para ela, o voto é não apenas um direito, mas um "dever cívico".

"Sem Judiciário independente e imprensa livre, a democracia não acontece", afirmou a presidente do TSE, que assumiu o cargo em 3 de junho este ano, após dois anos de mandato de Alexandre de Moraes. "Aqui, no Brasil, queremos que aconteça sempre", disse a juíza. Ela deve voltar a Brasília nesta tarde para acompanhar a apuração das 51 cidades com segundo turno.

Publicidade

Em votações no TSE antes de assumir a presidência da Corte, Carmen Lúcia foi favorável à autoconcessão de poderes de polícia à Justiça Eleitoral, que então pôde determinar “de ofício” a remoção de conteúdos. Ela relatou novas resoluções do Tribunal, válidas para estas eleições, que limitaram a liberdade de expressão nas mídias sociais. Em 2022, a ministra votou a favor de censura prévia ao documentário Quem mandou matar Jair Bolsonaro?, da produtora Brasil Paralelo, que estrearia dias antes do segundo turno das eleições presidenciais daquele ano.

Em pronunciamento, Carmen Lúcia disse que urnas são "seguras e auditáveis"

No sábado, Cármen Lúcia havia feito um pronunciamento para toda a cadeia nacional de telecomunicações em que agradeceu a mesários, funcionários da Justiça Eleitoral e forças de segurança por seu trabalho. Ela também reafirmou que as urnas eletrônicas são "seguras e auditáveis".

Em Belo Horizonte, disputam o cargo de prefeito os candidatos Fuad Noman (PSD) e Bruno Engler (PL), favoritos da esquerda e da direita, respectivamente. Uma pesquisa da AtlasIntel concluída há uma semana deu vantagem a Noman, com 52,4% das intenções de voto.