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Senador Marcio Bittar (União-AC).
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador Marcio Bittar (União-AC). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

O senador Márcio Bittar (União-AC) protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição que visa alterar a composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), modificando o artigo 119 da Constituição Federal. Para ser protocolada, a PEC teve o apoio de no mínimo, 27 senadores (veja abaixo).

O objetivo central da PEC, segundo Bittar, é garantir uma maior diversidade na escolha dos membros do TSE, além de resolver questões relacionadas à independência dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar casos nos quais já atuaram em instâncias inferiores.

Atualmente, o TSE é composto por três ministros do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados nomeados pelo Presidente da República.

A PEC sugere que o TSE seja formado por:

  • dois ministros do STJ;
  • um advogado nomeado pelo presidente da República, a partir de uma lista tríplice da OAB;
  • Quatro cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, escolhidos pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Na justificativa da proposta, Bittar cita que o modelo atual, estabelecido desde o Código Eleitoral de 1932, é "ultrapassado" e "não reflete adequadamente a independência e a diversidade que se espera da Justiça Eleitoral".

"A alteração visa evitar que ministros do STF atuem em duas instâncias em um mesmo caso, aumentando a imparcialidade e a transparência do processo eleitoral", explica o senador.

Bittar ainda reforça que "a inclusão de membros indicados pelo Legislativo busca democratizar a escolha dos integrantes do TSE". Segundo ele, a mudança na composição visa resolver "o problema de potenciais conflitos de interesse dos ministros do STF que atuam no TSE e, posteriormente, julgam recursos relacionados ao mesmo processo no STF".

Ao ser protocolada, a PEC é encaminhada à CCJ, onde sua constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa são avaliadas. Se a CCJ rejeitar a PEC, ela é arquivada, a não ser que um recurso para levar ao Plenário seja aprovado. Se a CCJ aprovar, a PEC segue para o Plenário.

No Plenário, a PEC é discutida em dois turnos de votação. Para ser aprovada, é necessário o voto favorável de três quintos dos senadores (49 votos), em cada turno. Se for aprovada, segue para tramitação na Câmara dos Deputados.

Veja a lista dos senadores que assinaram a PEC:

  1. Sen. Plínio Valério
  2. Sen. Damares Alves
  3. Sen. Styvenson Valentim
  4. Sen. Jaime Bagattoli
  5. Sen. Hamilton Mourão
  6. Sen. Izalci Lucas
  7. Sen. Marcio Bittar
  8. Sen. Flavio Azevedo
  9. Sen. Flávio Bolsonaro
  10. Sen. Jorge Seif
  11. Sen. Marcos Rogério
  12. Sen. Mecias de Jesus
  13. Sen. Magno Malta
  14. Sen. Esperidião Amin
  15. Sen. Cleitinho
  16. Sen. Rosana Martinelli
  17. Sen. Alan Rick
  18. Sen. Nelsinho Trad
  19. Sen. Marcos do Val
  20. Sen. Eduardo Girão
  21. Sen. Sergio Moro
  22. Sen. Eduardo Gomes
  23. Sen. Professora Dorinha Seabra
  24. Sen. Luis Carlos Heinze
  25. Sen. Rogerio Marinho
  26. Sen. Astronauta Marcos Pontes
  27. Sen. Carlos Portinho
  28. Sen. Zequinha Marinho
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