Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG) convidaram o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, a comparecer à comissão temática do Senado para explicar a crise instalada entre o Brasil e Israel após a polêmica fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o conflito no Oriente Médio.
Lula comparou a reação israelense aos ataques do Hamas como ao Holocausto nazista, o que gerou uma grande repercussão nacional e internacional que o levou a ser considerado uma “persona non grata” pelo governo de Binyamin Netanyahu.
Calheiros explicou que Vieira se prontificou a ir à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado na primeira semana de março. A audiência não ocorrerá de imediato por conta das agendas do G20 e outros compromissos internacionais que o ministro terá que participar.
Entre as agendas está a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, a partir desta quarta (21). O secretário americano deve ter uma reunião com Lula na quinta (22) ou na sexta (23), em que devem conversar sobre a ofensiva israelense na Faixa de Gaza e a necessidade de um cessar-fogo.
“Convidei o chanceler Mauro Vieira para ir à CRE do Senado debater a crise com Israel, responder indagações e dúvidas”, disse Calheiros.
Já Viana justificou o convite a Mauro Vieira por conta da “forte repercussão internacional” que a fala de Lula gerou, o que “provocou o início do que pode ser uma grave crise diplomática entre Brasil e Israel”.
“Tal foi o impacto negativo, que o governo de Israel declarou o presidente brasileiro persona non grata. Dessa forma, o Chanceler esclarecerá qual o posicionamento do governo brasileiro e as ações diplomáticas a serem tomadas em momento de fragilidade entre os países”, completou Carlos Viana.
A fala de Lula gerou uma grande reação tanto do governo israelense, que o considerou uma “persona non grata”, como da oposição brasileira e de entidades ligadas à comunidade judaica. Mais de cem deputados assinaram um pedido de impeachment contra ele, sob a acusação de “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo de guerra ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Além do pedido de impeachment, um ex-porta-voz do governo israelense chegou a relembrar da crise semelhante vivida em 2014 que gerou a expressão “anão diplomático”, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também lembrou da visita que fez a Israel, classificando a relação como “nações irmãs”.
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