Servidores do Ibama podem entrar em greve| Foto: Vinícius Mendonça/Ibama
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O cenário de não nomeação de superintendentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos estados pode trazer mais um problema para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além da pressão da ala política, servidores já dão indicativos de greve.

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“Tem alguns estados que estão tendo mobilização de servidores contra as indicações [políticas]. Existe indicativo de greve em alguns estados. Só a falta de nomeação não é um indicativo, mas existe uma série de questões que estão na mesa, entre elas as nomeações”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA (Ascema Nacional), Cleberson Carneiro Zavaski.

Após 8 meses desde o início do governo Lula, soma-se ao cenário de pouca expressão do ministério, o fato de que há pelo menos 10 superintendências que contam apenas com superintendentes interinos encarregados das funções. De acordo com Zavaski, os servidores querem a nomeação de quem tenha, ao menos, conhecimento técnico e gerencial, mas até o momento os cargos estão servindo como “balcão” e pressão para indicação de aliados políticos.

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“Há bons nomes entre os já nomeados por indicação política, no entanto, nos cargos que ainda precisam ser nomeados prezamos pela nomeação de servidores concursados”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente da Ascema, o Distrito Federal e os estados de Santa Catarina e Paraná seriam as unidades da federação com indicativo de greve de servidores do Ibama.

“Um dos focos é a indicação da superintendência do Paraná, que tem o nome de uma pessoa não técnica”, disse Zavaski. No Paraná, a escolha mobilizou a associação de servidores do órgão, que emitiu ofício para demonstrar o posicionamento contrário à nomeação. No ofício, os servidores destacam a portaria publicada pelo Ibama em março, que definiu o perfil profissional desejável para a ocupação dos cargos no órgão. Dentre os requisitos exigidos para os superintendentes estão: experiência de quatro anos em áreas ligadas à atuação do Ibama; cargo de confiança no governo por quatro anos; título de especialista, mestre ou doutor em áreas ligadas à atuação do Ibama; ou cursos de liderança com pelo menos 120 horas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]