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Bicentenário da Independência

Sete de Setembro: manifestantes se reuniram em Copacabana e na Avenida Paulista

7 de setembro no rio de janeiro
Fotografia aérea mostrando a multidão que foi à praia de Copacabana para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil, no Rio de Janeiro (Brasil). Foto: EFE / Antonio Lacerda (Foto: Antonio Lacerda / EFE)

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na Avenida Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo, desde o final da manhã desta quarta-feira (7) para os atos em comemoração ao bicentenário da Independência. Além do apoio ao presidente, os manifestantes pediram mais transparência nas eleições. Também houve registros de atos em outras capitais pelo país.

Depois de participar do desfile cívico-militar em Brasília, o presidente seguiu para o Rio de Janeiro, onde fez um discurso para apoiadores na praia de Copacabana. Antes, Bolsonaro participou de uma motociata e assistiu às apresentações militares em comemoração aos 200 anos de Independência do Brasil.

"Queremos que vocês cada vez mais tenham liberdade para decidir o nosso futuro. Nesse momento de decisão, e vocês sabem que somos escravos de nossas decisões, muita atenção. Eu tenho certeza que vocês sabem o que devemos fazer para que o Brasil continue do jeito que está. Estamos em um governo que acredita em Deus, nas instituições militares e que deve lealdade ao povo. Tenho certeza que teremos um governo muito melhor na reeleição. Muito obrigado pelo momento fantástico que estamos vivendo. Voltamos a falar de política e discuti-la com responsabilidade", disse Bolsonaro no discurso.

Bolsonaro estava acompanhado do general Braga Netto (PL), vice na chapa do presidente, do pastor Silas Malafaia e do empresário Luciano Hang. No local, também estava o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, agora candidato a deputado federal.

Ainda em seu discurso, Bolsonaro aproveitou para defender Hang e outros empresários que foram alvo de operação da Polícia Federal por mensagens no WhtasApp em que supostamente defenderam um golpe de Estado. "Hoje estive com os empresários acusados de golpistas. Pelo amor de Deus. Eles tiveram a privacidade violada.
Queremos que os empresários e que vocês tenham liberdade para decidir o seu futuro", afirmou.

Na concentração, manifestantes protestavam em defesa do piso salarial da enfermagem, barrado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).  O ministro suspendeu a lei sancionada pelo presidente Bolsonaro que cria o piso. "Enfermagem na rua, Barroso, a culpa é sua!", gritam alguns dos manifestantes, que usam jalecos brancos e narizes de palhaço.

Após o discurso, o presidente informou que seguiria para o Maracanã, onde pretende assistir ao jogo Flamengo x Vélez Sarsfield, válido pelas semifinais da Libertadores da América. Bolsonaro deve ser acompanhado pelo senador Romário (PL). "Hoje estarei no Maracanã assistindo mais uma vitória do Flamengo. (...) Vamos ver nosso Flamengo vencer, ser campeão do mundo lá no Catar", completou Bolsonaro.

Logo após a fala do presidente, a multidão começou a se dispersar pela orla de Copacabana.

Manifestantes fazem ato na Paulista, em São Paulo

Em São Paulo, a concentração ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A maioria dos manifestantes foi vestida de verde e amarelo e usou bandeiras do Brasil. Grupos levaram cartazes, alguns escritos em inglês, espanhol e francês, com críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e com pedidos para voto impresso com contagem pública.

Avenida Paulista reúne multidão em atos de 7 de setembro (Foto: Sebastiao Moreira / EFE)

O presidente não participou presencialmente dos atos em São Paulo. Havia a expectativa de que Bolsonaro fizesse um discurso por vídeo. Mas, por volta das 17h, o presidente do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch, afirmou que problemas técnicos não possibilitaram o estabelecimento de um link ao vivo para o ato na Avenida Paulista.

Já na final da tarde, a chuva dispersou a multidão que ainda estava no local. Ao som de axé e ritmos de carnaval, um grupo de manifestantes permaneceu em torno do carro do Nas Ruas mesmo debaixo d'água até as 17h30.

Mais cedo, o candidato ao governo pelo Republicanos, o ex-ministro Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro, discursou em um dos trios elétricos. "A gente está aqui para celebrar a prosperidade, para celebrar o futuro. Vocês não sabem a energia que vocês nos dão", disse o candidato.

Ainda durante o seu discurso, Freitas aproveitou para elogiar a atuação de Bolsonaro na Presidência da República. "Um país que teve condução firme e forte do presidente comprometido com seu povo, que trouxe de volta o verde e amarelo, os valores da família. Independência não é simplesmente uma palavra. É uma questão de atitude, um modo de vida", completou.

Além de Freitas, outros aliados de Bolsonaro no estado também participam dos atos em São Paulo. Entre eles, Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia que tenta uma vaga ao Senado, além do capitão Conte Lopes, candidato a deputado estadual, e Sérgio Camargo, candidato a deputado federal.

"Vejo [as manifestações] como uma coisa patriótica, e é o que tem que ser. Hoje é um dia de trégua, em que a gente tem que trabalhar pelo país, afinal de contas é o bicentenário da Independência", disse Marcos Pontes.

Candidata à reeleição, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) também participou do ato na Paulista. Na sua avaliação, essa será a "última vez que os apoiadores do presidente Bolsonaro terão que ir às ruas". "Tenho um sentimento de que talvez essa seja a última vez que seja necessário voltar às ruas", disse a deputada.

Em outro ponto da cidade, integrantes de movimentos sociais e de entidades ligadas à esquerda participaram do Grito dos Excluídos, na Praça da Sé, em São Paulo. Um café da manhã foi servido a pessoas em situação de rua.

Programação no Rio contou com apresentações militares

A programação do evento no Rio de Janeiro começou no final da manhã, com uma fila com 22 navios da Marinha brasileira e de nações amigas que saíram da Barra da Tijuca em direção a Copacabana. No Forte foram disparados salvas de canhões e diversos apoiadores do presidente compareceram em jet skis.

Durante toda a manhã, bandas do Exército tocaram nos bairros do Flamengo, Lagoa, Madureira, Méier, São Cristóvão, Sulacap e Urca. Já no posto Posto 6 , em Copacabana, Bolsonaro acompanhou o show aéreo da Esquadrilha CEU e apresentação de bandas de música.

Apresentação de aviões ocorreu na praia de Copacabana /  EFE/ Antonio Lacerda

Na sequência, a equipe de salto livre da Brigada de Infantaria Paraquedista, “os Cometas”, reforçada por integrantes da “Equipe Falcão”, da Força Aérea Brasileira, realizou uma demonstração com aterragem na praia. Às 16h, horário aproximado da Proclamação da Independência, a frota da esquadra brasileira e a artilharia estacionada no Forte de Copacabana executou salvas de 21 tiros em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil.

Manifestações do 7 de setembro também ocorrem em outras capitais

No restante do país, multidões ocuparam ruas e avenidas para participar das manifestações de 7 de Setembro.

Em Curitiba, milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil reúnem-se nesta tarde no Centro Cívico. O ato, realizado em meio às comemorações pelo bicentenário da Independência do Brasil, foi em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

Ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro ocupa várias quadras da Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, em Curitiba. (Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo)

No bairro Tatuquara, na periferia da capital paranaense, manifestantes ligados a partidos de esquerda participaram do Grito dos Excluídos. Marmitas foram distribuídas em uma comunidade carente.

Já em Florianópolis, apoiadores fizeram uma mobilização no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, na região central, com camisetas verde e amarelo, bandeiras e faixas com palavras de ordem.

Atos semelhantes ocorreram em Salvador e em Maceió (Alagoas), onde manifestantes levantaram placas pedindo o voto impresso auditável com contagem pública, críticas ao STF, apoio ao presidente Jair Bolsonaro, além de outras palavras de ordem.

Em Maceió também foi registrado um ato do Grito dos Excluídos, com manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro.

Em Pernambuco, aliados de Bolsonaro se concentram na capital Recife. No local, candidatos Anderson Ferreira (PL) e Gilson Machado (PL), concorrentes ao governo do estado e ao Senado distribuíram materiais de campanha e pediram votos aos manifestantes.

Em Belo Horizonte, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade. Os apoiadores do presidente voltaram a pedir o voto impresso e auditável, e também criticaram a atuação de ministros do STF.

O ato em Porto Alegre foi realizado no Parque Moinhos de Vento, conhecido como Parcão. Cinco carros de som participaram da manifestação. Além do apoio ao presidente da República, críticas ao PT e ao STF marcaram o evento.

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