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O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rebateu às críticas e a "perseguição" que vem sofrendo após o seu discurso na Paulista criticando o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo publicado na rede social, nesta terça-feira (26), Malafaia disse que "a coisa está tão feia no Brasil, que você recebe ameaça, por simplesmente narrar a história da nossa nação". Ele informou que pode ser "indiciado" pelo discurso feito na Paulista.
"A democracia está em perigo. Nesse vídeo a gente destrói a narrativa bandida de que eu ataquei o STF. E outra, se a verdade é ataque é porque essa gente se acostumou com a mentira e se acostumaram com a mentira, porque eles não têm mais caráter. Os inimigos da democracia e de que o povo é o supremo poder estão pirados. Essa que é a verdade", disse o pastor.
A colunista Bela Megale do jornal O Globo informou, na segunda-feira (26), que a Polícia Federal avalia a possibilidade de incluir Malafaia no inquérito que apura a tentativa de golpe no país, após o seu discurso no ato pró-Bolsonaro.
Malafaia republicou trecho do discurso onde ele fala que não foi ao ato para “atacar o Supremo Tribunal Federal, porque quando você ataca uma instituição, você é contra a República e o Estado Democrático de Direito”, mas que iria relembrar os acontecimentos para mostrar “a engenharia do mal para querer prender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro" e para "destruir o Estado Democrático de Direito”.
O pastor fez uma retrospectiva ao defender o ex-presidente Bolsonaro citando uma série de acontecimentos, como a manifestação do dia 7 de setembro de 2021, quando o estão presidente Jair Bolsonaro era incitado por seus apoiadores para "botar para quebrar em cima do ministro Alexandre de Moraes", mas "cedeu e apaziguou", fazendo com que todos ficassem "admirados".
No discurso na Paulista, o pastor ainda citou o episódio do falecimento de Cleriston Pereira da Cunha, preso devido ao 8 de janeiro que foi "ver a baderna". "Doente, o procurador pediu a liberação dele e Alexandre de Moraes não deu. Ele morreu. O sangue de Cleriston está na mão de Alexandre de Moraes e ele vai dar conta a Deus", disse o pastor.