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Pré-candidata do MDB à presidência da República, a senadora Simone Tebet reafirmou, em sabatina na Brazil Conference, na Universidade de Harvad, que o candidato único de MDB, PSDB e União Brasil será definido pelos presidentes dos três partidos no dia 18 de maio e que a decisão será respeitada pelos três pré-candidatos das legendas, que, segundo ela, “assinaram procurações simbólicas” para que os presidentes definam o nome. Tebet disse que a definição está entre apenas três pré-candidatos: ela, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, descartando a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).
“Que me desculpe Sergio Moro, mas ele não é um dos pré-candidatos. O pré-candidato do União Brasil é Luciano Bivar”, disse. “Começamos com sete pré-candidatos no final do ano. Viramos o ano com cinco, reduzimos para três e tenho absoluta certeza que em 18 e maio o centro democrático terá seu único pré-candidato. Quem quer apoio tem que estar disposto a dar apoio. Eu me sinto preparada para liderar esse movimento. As regras serão estabelecidas pelos presidentes dos partidos. Eu, João Doria, Luciano Bivar, que somos os pré-candidatos desses partidos, demos procuração simbólica aos presidentes a definir por critérios objetivos e subjetivos a partir de pesquisas quantitativas e qualitativas o nome. E todos nós obedeceremos essa regra e estaremos juntos no palanque para dar alternativa à política brasileira”, afirmou.
Simone Tebet avaliou que o que ela chama de “centro democrático” não pontua nas pesquisas de intenção de voto porque ainda não tem um nome e sobrenome, o que será apresentado em 18 de maio. “Os partidos hoje são a cara do Brasil. O Brasil também está dividido, mas o Brasil quer uma alternativa de poder. Há uma franja muito grande de eleitores de Bolsonaro que só estão votando em Bolsonaro por rejeição ao Lula e, do outro lado, a mesma coisa. Um presidente da República com quase 60% de rejeição está no segundo turno, hoje, por quê? Porque o centro democrático ainda não apresentou seu candidato”, disse. “Quando não pontuamos nas pesquisas é porque não chegamos a apresentar para o Brasil qual é a cara do centro democrático. Isso está sendo discutido e construído. O centro democrático não pontua porque não tem rosto, não tem nome, nem sobrenome, mas em breve teremos. A data está marcada”, acrescentou, cintado que um segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pode levar o clima de eleição para até dezembro de 2026. “O Brasil não pode continuar vivendo nessa polarização. É preciso pacificação política”.
Destaque na CPI da Covid, Simone Tebet ainda lamentou o fato de a percepção do Brasileiro sobre a conduta do presidente Bolsonaro durante a pandemia ter melhorado em recentes pesquisas, mas disse que o tema deverá ser bastante explorado durante a campanha eleitoral. “Temos um governo que mente, descaradamente, se aproveitando de uma rede social que não tem cara, que não tem voz, no sentido de não assumir responsabilidade, e que a partir daí quer transformar a mentira em verdade. Cabe a nós, numa missão cívica de todos, combater isso. Um ponto objetivo é a CPI das Fakenews, que tem que investigar o desserviço que essas milícias digitais fizeram durante a pandemia. Isso tudo vai ser lembrado na campanha. Nós também temos redes sociais, nós também temos voz, e temos algo que eles não têm que é a verdade do nosso lado. A verdade vai ter que prevalecer. Ele não é um presidente rejeitado por mais da metade da população brasileira à toa”, disse. “Não tem mentira que resistas à verdade dos fatos. E a verdade dos fatos é que o Brasil está passando fome, o Brasil vive retrocessos, está sob um desgoverno, que não ama seu povo, que mente descaradamente, que é desumano, cruel e grosseiro e fez o Brasil virar pária mundial”, concluiu.