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Interferências políticas

Simone Tebet não vê problemas em Lula contemplar amigos no Governo Federal

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, não vê problemas em Lula emplacar amigos no governo. "O presidente Lula não seria quem é se não tivesse a capacidade de reconhecer os amigos e querer os amigos do seu lado". (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, um dos braços da Economia na atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse não enxergar que haja interferências políticas provenientes do mandatário. Em entrevista concedida ao canal CNN Brasil, a ex-senadora cita como exemplo a Petrobras e a tentativa de emplacar Guido Mantega na Vale, opção que não foi bem recebida por acionistas à época. Para ela, foi uma tentativa do presidente de colocar um "parceiro a quem Lula é grato".

De acordo com a ministra, a partir do momento em que o petista vê na figura do ex-ministro Mantega um parceiro e tenta com isso colocá-lo na economia ou na política, passa a ser um direito do presidente.

"O presidente Lula não seria o presidente Lula se não tivesse a capacidade de reconhecer os amigos e querer os amigos do seu lado. Guido Mantega foi um parceiro do presidente Lula, o presidente é grato a Guido Mantega por uma série de questões, e querer estar com Guido Mantega no processo político faz parte da personalidade do presidente Lula", ressaltou Tebet.

Após fracasso em colocar Mantega na Vale, surgiram notícias que davam conta da ida do ex-ministro de Lula para o conselho da Braskem, empresa com participação direta da Petrobras. Apesar disso, as insistências ou possíveis investidas do presidente da República, não a incomodam.

"Ele tem as suas posições ideológicas e político-partidárias que são diferentes das minhas, mas quando ele percebe que ao tentar colocar o que pensa há uma reação, no mercado ou mesmo na classe política, que é negativa para o próprio governo, ele tem a capacidade de recuar”, disse ela.

Apesar de sugerir que Lula recua quando existe reações adversas, Tebet afirma que não há problemas em um presidente eleito pelo povo fale o que pensa e tente implantar o que pensa. " Numa democracia, temos forças políticas que fazem o equilíbrio nessa balança", destacou a ministra.

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