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O ex-presidente da República e ex-senador José Sarney
O ex-presidente da República e ex-senador José Sarney| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao contrário do que tem declarado o prefeito reeleito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), o ex-presidente da República e ex-senador, José Sarney, disse que o MDB não deve ficar ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026.

Para Sarney, o MDB deverá apoiar uma eventual candidatura do presidente Lula (PT) à reeleição.

A declaração foi dada durante entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão), neste domingo (10).

“Sou amigo pessoal do Lula, gosto muito dele. De maneira que, se o Lula for candidato, sou da opinião que nós devemos apoiar o Lula. E ele está fazendo um bom governo, não tá? Tá. Como sempre fez em outros mandatos. O Lula tem uma grande presença, veio da classe trabalhadora e representa a visão da população”, disse Sarney.

“Ele [Lula] foi o homem que estendeu a participação de todas as classes no governo. Se não fosse a democracia, o Lula não seria candidato a presidente. Mas com a democracia, fomos capazes de chegar a ter um presidente recrutado na área dos trabalhadores do país”, completou.

Participação no governo Lula

Ao falar sobre o apoio a Bolsonaro empenhado pelo prefeito de São Paulo, Sarney lembrou que o MDB tem três ministérios no governo Lula.

A sigla comanda as pastas do Planejamento, com Simone Tebet; de Cidades, com Jader Filho; e de Transportes, com Renan Filho.

Eleições municipais

Sobre a performance do partido nas eleições municipais deste ano, Sarney disse que o MDB está “firme e forte”.

O partido conseguiu eleger prefeito em 864 municípios Foi a segunda maior marca entre os partidos, perdendo apenas para o PSD, de Gilberto Kassab, que elegeu 891 prefeitos.

“O que eu posso dizer é que muitos partidos desapareceram e o MDB está firme e forte. Um virou uma coisa, outro virou outra coisa. Mas o MDB tem raízes históricas. A luta do MDB foi a luta pela volta do regime democrático e nós tivemos parte nessa luta. Porque sem a nossa colaboração ela não existiria”, afirmou Sarney.

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