O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, na noite desta segunda (2), mais três réus envolvidos nos atos de 8 de janeiro em Brasília, que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. A decisão fixou penas entre 12 e 17 anos de prisão e foi acompanhada pela maioria dos ministros no plenário virtual da Corte.
Foram condenados à prisão os réus Davis Baek (12 anos de reclusão), João Lucas Vale Giffoni (14 anos) e Moacir José dos Santos (17) em regime inicial fechado de cumprimento. Além das penas de prisão, os réus foram condenados ao pagamento solidário de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
Os condenados têm o direito de recorrer no próprio STF para questionar as penas e os valores das indenizações. O julgamento virtual foi acompanhado por todos os ministros, e a maioria seguiu o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.
Além do relator, seguiram o voto os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Outros ministros, como Cristiano Zanin, André Mendonça e Luís Roberto Barroso, também votaram pela condenação, propondo penas diferentes para os réus.
O ministro Nunes Marques, por sua vez, votou pela absolvição de Davis Baek e pela condenação dos outros dois réus a penas menores.
No entanto, duas ações relacionadas aos atos de 8/1 foram retiradas do julgamento virtual por pedido de destaque do ministro André Mendonça e serão analisadas em sessão presencial. As penas propostas nas ações destaque variavam de 14 a 17 anos de prisão aos réus Nilma Lacerda Alves e Jupira Silvana da Cruz Rodrigues.
“Entendo ser importante o exame do caso com maior detença, em plenário síncrono, em função das peculiaridades fáticas e das circunstâncias pessoais da acusada, a fim de, a meu ver, melhor prestigiar o princípio constitucional da individualização da conduta e da pena”, disse Mendonça.
O sistema do STF chegou a registrar, mais cedo, outros dois pedidos de Mendonça para levar casos ao plenário da Corte, de João Lucas Vale Giffoni e Davis Baek. No entanto, o gabinete informou que houve um “erro material por ocasião do lançamento de votos no sistema do Plenário Virtual, devidamente corrigido”.
O julgamento anterior do STF, em setembro, em sessão presencial, já havia condenado os três primeiros réus a penas que variaram entre 14 e 17 anos de prisão. O relator Alexandre de Moraes, em seus votos, enfatizou a gravidade das condutas dos réus e a importância de manter a proporcionalidade nas punições diante dos atos de violência que buscaram o rompimento da ordem constitucional e o desrespeito ao Estado Democrático de Direito.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF