O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, arquivou um pedido de investigação apresentado pela ex-presidente do diretório estadual do PSOL em Minas Gerais, Sara Azevedo, para que fosse apurado o suposto uso de dinheiro público no deslocamento do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para o ato pró-Bolsonaro que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 2024.
Na decisão, Nunes Marques disse que o STF não tem competência para apurar esse tipo de denúncia.
“Revela-se mais adequado, além de consentâneo com o princípio acusatório, que comunicações da espécie sejam direcionadas, diretamente, à Procuradoria-Geral da República ou à autoridade policial, para que sejam inicialmente apreciadas, na hipótese de se imputar fatos que constituam crime a pessoa detentora do direito ao foro por prerrogativa de função”, diz um trecho da decisão emitida na quinta-feira (15).
A petição apresentada ao STF contra o parlamentar e o governador tem como base “relatos de diversos cidadãos”. Segundo a denúncia, os dois teriam utilizado “do aparato público” para custear “passagens aéreas, carros oficiais, segurança pública” e outros itens.
De acordo com a petição, Nikolas e Zema teriam incorrido no crime de peculato.
“Os fatos narrados e suas eventuais provas devem ser apresentados perante a autoridade a quem compete investigar e representar por abertura de inquérito perante esta Suprema Corte e não diretamente aqui, por falecer ao Supremo Tribunal Federal - como ao Poder Judiciário em geral -, a atribuição de investigar e de acusar, típicas tarefas dos órgãos de persecução penal (consoante se retira dos artigos 102, I, “b”, art. 129, I, art. 144, § 1º, IV, todos da CRFB/88) sob pena de afronta ao princípio da imparcialidade judicial e ao sistema penal acusatório”, diz outro trecho da decisão de Nunes Marques.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF