Na peça acusatória contra a cabelereira Débora Rodrigues, a Procuradoria Geral da República e Alexandre de Moraes colocaram no papel e carimbaram com o selo dos altos poderes da República o argumento ridículo do batom inflamável como meio de atentar contra a República.

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Tentam imputar graves crimes contra Débora, como tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. Ela é acusada, cumulativamente, de golpe de Estado, de destruição do patrimônio da União, de deterioração de patrimônio tombado. Contudo, as supostas violência à pessoa ou grave ameaça seriam comprováveis, acredite se quiser, pelo uso dessa substância inflamável - o batom com que ela escreveu na estátua.

Ora, até hoje se desconhecia que um batom representasse ameaça à ordem constituída – e muita gente talvez nem imaginasse o tamanho poder de fogo de um simples objeto de maquiagem.

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A grave ameaça do batom inflamável

Diz a acusação: “Debora Rodrigues dos Santos, no mesmo dia 8, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, destruiu e concorreu para a destruição, inutilização e deterioração de patrimônio da União, ao avançar contra as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, fazendo-o com violência à pessoa e grave ameaça, emprego de substância inflamável e gerando prejuízo considerável para a União”.

Em sua defesa, Débora enfatizou que em momento algum adentrou nos prédios do STF, do Congresso ou do Planalto. "Eu só fiquei naquela praça (dos Três Poderes). Eu estava tirando fotos porque eu nunca tinha ido para Brasília. Nunca fiz nada de ilícito na minha vida", afirmou.

Como lembrou um articulista de jornal com viés esquerdista, Débora Rodrigues virou um símbolo espinhoso. Como explicar que os sequestradores do embaixador americano Charles Elbrick, em 1970, em pleno regime militar, foram condenados a 8 anos de prisão. E Débora, que escreveu com batom, removível com água e sabão, é condenada a 14 anos?

É risível, é tragicômico. Se houvesse um mínimo de bom senso, o caso seria arquivado de saída. Por imputação ridícula de crime inexistente.