Por todo país, famílias estabelecidas há décadas em áreas próximas de reservas indígenas aguardam com apreensão a votação do marco temporal no STF. Se o Supremo rejeitar a tese de que os índios só podem reivindicar terras que já ocupavam ou disputavam até a promulgação da Constituição de 1988, o efeito será o mesmo da inauguração de uma fábrica de pobres.
Como já aconteceu após o despejo de agricultores da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, em 2009, por ordem do STF. Os próprios índios se queixaram de empobrecimento, porque perderam o trabalho que tinham nas plantações de arroz.