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Inquérito do golpe

Suposta tentativa de golpe não fará diferença para Lula em 2026, diz pesquisa

Lula
Levantamento mostra que 51% dos entrevistados acredita que houve tentativa de golpe contra Lula por Bolsonaro e militares. (Foto: André Coelho/EFE)

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Mais da metade dos entrevistados por uma nova pesquisa da Quaest acredita que a suposta tentativa de golpe de Estado não fará diferença para fortalecer a possível candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição em 2026.

A constatação faz parte de um levantamento divulgado nesta sexta (13) que aponta, ainda, que grande parte dos entrevistados não vê impactos na imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela investigação. Ele é apontado como mentor do suposto esquema golpista.

Esquema este que 51% acreditam que existiu, enquanto que 38% não veem que houve uma tentativa de golpe por parte de Bolsonaro e militares. Outros 12% não souberam responder.

Para 61% dos entrevistados, a suposta tentativa de impedir Lula de tomar posse da presidência da República em 2022 não fará diferença na sua imagem para a campanha de 2026, enquanto que 33% acreditam que pode fortalecer:

  • Fortalece: 33%;
  • Não faz diferença: 61%;
  • Enfraquece: 12%;
  • Não soube responder: 5%.

Essa percepção se repete entre os eleitores dele e de Bolsonaro em 2022, com 46% e 56% respectivamente.

Já um possível impacto na imagem de Bolsonaro, que é apontado pelas investigações como mentor e possível beneficiado do esquema, também não teria grande impacto. Ele e mais 39 pessoas foram indiciados por suspeita de participação no plano:

  • Impacta para melhor: 3%;
  • Não impacta: 50%;
  • Impacta para maior: 42%;
  • Não soube responder: 6%.

Apesar de apontar que a imagem de Bolsonaro não deve ser muito impactada pelas investigações, uma parte considerável acredita que o ex-presidente participou da suposta tentativa de golpe de Estado:

  • Sim, participou: 48%;
  • Não teve envolvimento: 34%;
  • Não houve nenhuma tentativa de golpe: 2%;
  • Não soube responder: 17%.

Esse cenário se reflete entre os eleitores de Lula e de Bolsonaro, sendo que, respectivamente, 59% acreditam na participação dele e 48% não veem envolvimento.

Por outro lado, os entrevistados pela pesquisa são quase unânimes (75%) em apontar que as pessoas presas pela investigação devem ser condenadas, enquanto que 11% afirmam que deveriam ser inocentadas. Outros 14% não souberam responder.

A pesquisa também revelou que a divulgação da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado não foi de conhecimento pleno dos entrevistados, sendo que 46% dizem que ficaram sabendo no momento da pesquisa. Outros 54% afirmaram terem tido conhecimento antes.

A Quaest entrevistou 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, com 1 ponto percentual para cima ou para baixo de margem de erro e confiança de 95%.

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