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Heleno Braga Netto PF Moraes Lula
| Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados e Isac Nóbrega/PR

De acordo com o relatório da investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), o suposto plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, previa os generais Augusto Heleno e Braga Netto como comandantes de um “gabinete de crise”.

Na manhã desta terça-feira (19), a PF prendeu quatro militares do Exército e um policial federal sob acusação de elaboração do plano de golpe após a eleição presidencial de 2022.

Segundo o relatório, os militares atuavam nas Forças Especiais – os chamados “kids pretos” – e o policial federal chegou a trabalhar na segurança do então eleito Lula durante a transição, vazando informações “para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) aderindo de forma direta ao intento golpista”.

A PF afirma que documentos relativos à execução das autoridades chegaram a ser impressos no Palácio do Planalto na época, e apontou uma ligação de Bolsonaro com o grupo.

Ainda classificou as tentativas de homicídio como “ações clandestinas” de uma operação intitulada “Copa 2022” para “neutralizar o ministro Alexandre de Moraes” e “extinguir a chapa presidencial vencedora”. 

O nome da operação é alusiva aos codinomes adotados pelos participantes, com alusão a países participantes do mundial.

"Gabinete de crise"

Ainda, segundo a PF, além do documento com o detalhamento da execução de Lula, Alckmin e Moraes, teriam sido impressas no Palácio do Planalto duas minutas que instituiriam um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise".

O gabinete seria chefiado pelo general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro; general Braga Netto, que foi vice do ex-presidente na chapa candidata à reeleição, como coordenador-geral; e, entre outros, do ex-assessor de assuntos internacionais Filipe Martins, que foi preso durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, e solto em agosto. 

O documento teria sido impresso pelo general Mário Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.

Conforme noticiou a Gazeta do Povo, os quatro dos militares do Exército presos estariam ligados aos "kids pretos", nome informal atribuído aos militares de operações especiais que usam gorro preto.

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