O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) defendeu nesta segunda (17) a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele se candidate à presidência da República nas eleições de 2026.
Bolsonaro segue inelegível e sem chances, no momento, de conseguir reverter a condenação na Justiça Eleitoral. No entanto, Tarcísio acredita ser possível e que o militar é “a maior liderança da direita”.
“Nossa responsabilidade é trabalhar para que em 2026 a prosperidade e a esperança retornem. E a nossa esperança é a maior liderança da direita, que hoje está no PL e que vai voltar a ser o nosso presidente da República, que é Jair Messias Bolsonaro”, disse em um evento com líderes do PL.
Tarcísio de Freitas aproveitou o encontro para criticar a condução do governo pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que as pessoas estão vendo “como o Brasil andou para trás em tão pouco tempo”.
“Hoje as pessoas estão olhando para trás e vendo o seguinte: como a gente era feliz, como a gente está agora, como o Brasil andou para trás em tão pouco tempo. Conseguiram ter as estatais dando prejuízo, conseguiram arrebentar as contas públicas, conseguiram trazer a inflação de volta”, disse.
A crítica ocorre em meio à queda da popularidade de Lula mesmo entre seus eleitores, com uma desaprovação crescente acima da aprovação do governo. O mesmo já se vê em pesquisas eleitorais, como a do Paraná Pesquisas desta terça (18) que mostra uma redução da vantagem do petista para a reeleição.
Segundo o levantamento, Lula já empata tecnicamente com Bolsonaro – caso consiga reverter a inelegibilidade – e não consegue fazer um sucessor se desistir de concorrer à reeleição. Esta hipótese já vem sendo discutida nos bastidores por conta da queda da popularidade e mesmo das condições de saúde do petista.
Embora Tarcísio de Freitas já tenha apontado que não pretende disputar o Palácio do Planalto no ano que vem para priorizar a sucessão no governo paulista, a queda da aprovação de Lula já o estaria fazendo mudar de ideia, segundo interlocutores.
No entanto, a direita ainda acredita que Bolsonaro pode conseguir reverter a inelegibilidade principalmente após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e mesmo movimentos no Congresso com a mudança das presidências da Câmara e do Senado.
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