O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na noite desta quinta-feira (21) que há uma “narrativa” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que “carece de provas”. Em uma publicação no X, ele disse que o ex-presidente “respeitou o resultado da eleição” em 2022, quando perdeu a disputa para o presidente Lula (PT).
Mais cedo, a Polícia Federal indiciou o ex-mandatário e mais 36 pessoas no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no país. Segundo a PF, a suposta trama golpista incluía um plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), antes da posse.
“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, disse o governador.
Tarcísio é considerado um dos favoritos para substituir Bolsonaro na disputa pela presidência em 2026. O governador defende a união da direita e chegou a declarar que o o ex-presidente é “maior liderança política” desse espectro político.
Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos após ele criticar a segurança das urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores, em julho de 2022.
Com isso, o ex-mandatário está impedido de disputar qualquer cargo público até 2030. No entanto, Bolsonaro espera reverter a condenação e mais de uma vez declarou que será o candidato da direita no próximo pleito.
Bolsonaro diz que a "luta começa" na PGR
Após ser indiciado, o ex-presidente disse que Moraes “conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa” e que “faz tudo o que não diz a lei". Para Bolsonaro, a PF também usou a “criatividade” para indiciá-lo.
Em entrevista ao portal Metrópoles, ele ressaltou que vai aguardar que seus advogados tenham acesso ao documento. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, afirmou.
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