O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou a possibilidade de concorrer à presidência da República em 2026 mesmo sendo apontado como um dos principais nomes da direita para a sucessão ao Palácio do Planalto. Ele diz que será o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quem vai escolher o candidato se não conseguir reverter a inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Não preciso ser candidato a presidente, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar”, disse Freitas em entrevista ao Flow Podcast na noite desta quarta (9) afirmando que está satisfeito com a atual posição de governador.
Tarcísio sempre evitou discutir uma possível candidatura ao Palácio do Planalto quando questionado, dizendo que está comprometido em entregar o que prometeu ao concorrer ao governo do estado de São Paulo.
Segundo fontes, antecipar esse assunto, especialmente antes do desfecho do julgamento de Bolsonaro pelo TSE, poderia ser interpretado como oportunismo e traição. Além disso, a perspectiva de concorrer à reeleição como governador também influencia na decisão.
“Elegível ou não elegível, a gente não sabe o que vai acontecer depois no futuro. Quem vai ser o candidato da direita que o pessoal tem essa grande curiosidade. Quem vai substituir o Bolsonaro é o candidato que ele apontar. Ou vai ser ele ou o candidato que ele apoiar, e é com ele que eu vou”, completou.
O governador de São Paulo enfrenta a desconfiança de apoiadores de Bolsonaro devido a posições políticas mais moderadas, como o apoio à reforma tributária no começo de julho. Ele discutiu com parlamentares do PL durante uma reunião que iria fechar questão para a votação na Câmara dos Deputados.
Tarcísio pode sair do Republicanos se partido apoiar Lula
Além de descartar uma possível candidatura à sucessão presidencial, Tarcísio de Freitas disse ser contrário à participação do Republicanos na base do governo Lula. A legenda e o PP estão em negociações com o governo para indicar ministros à Esplanada, com nomes já aceitos por Lula, como André Fufuca (PP-MA) e Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE).
“É uma coisa que eu vou avaliar com o partido, eu sou contra. Para mim, eu não gostaria de ver o meu partido fazendo parte da base do governo”, afirmou mais cedo em um evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A rejeição a um possível apoio de seu partido ao governo gera discussões sobre qual será a nova legenda de Tarcísio. Restariam o PL de Bolsonaro ou outra legenda para abrigar o governador.
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