Governador de Goiás, Rolando Caiado (União Brasil)| Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Nesta sexta-feira (6), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), reafirmou a sua posição contra a colocação de câmeras corporais em policiais militares em meio às pressões contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por conta de episódios envolvendo violência policial.

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Um dos episódios mais marcantes ocorridos em São Paulo foi o de um homem atirado de cima de uma ponte por um policial na madrugada de segunda-feira (2). O policial que cometeu o ato foi preso por determinação da Corregedoria da Polícia Militar.

Após a repercussão do caso, Tarcísio disse que estava “errado” ao criticar o uso de câmeras corporais nos policiais. Além de mudar o seu posicionamento, Tarcísio afirmou que pretende ampliar o programa de monitoramento dos policiais.

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Para Tarcísio, o uso da câmera corporal é um elemento de proteção para o policial.

No sentido contrário, o governador de Goiás disse que respeita a decisão de Tarcísio, mas mantém o seu posicionamento contrário ao uso do equipamento.

“Ele reconsiderou a posição, respeito. Eu continuo com a minha. Enquanto governador, seguirei sem uso de câmeras nos meus policiais, e sendo o estado mais seguro do Brasil”, disse Caiado à CNN Brasil.

Caiado e Tarcísio são nomes cotados para uma eventual disputa em 2026. Questionado se a mudança de posicionamento de Tarcísio poderia diferenciar os dois em um cenário futuro, Caiado disse que não tem uma pesquisa sobre presidenciáveis.

“Sei lhe dizer que, em Goiás, a aprovação da Segurança Pública, sem uso de câmeras, atingiu 89% junto à população do estado”, afirmou o governador.

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STF deu até esta sexta para Tarcísio detalhar uso de câmeras corporais

O governo de São Paulo tem até hoje para detalhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o atual estágio de implantação das câmaras corporais pela PM de São Paulo. 

No fim de maio, o ministro Luís Roberto Barroso pediu explicações sobre a possibilidade de os policiais paulistas ligarem e desligarem as câmeras no meio de um atendimento a uma ocorrência.

Barroso cobrou de Tarcísio a íntegra do contrato de instalação e uso das câmeras em vigor, além do cronograma de execução. 

O ministro ainda quer saber detalhes sobre os testes realizados com os equipamentos e os indicadores utilizados para aferir a efetividade do uso das câmeras corporais.

O requerimento foi feito antes das denúncias atuais de violência, no âmbito de uma ação protocolada pela Defensoria Pública de São Paulo que busca reverter uma decisão do Tribunal de Justiça do estado que suspendeu a obrigatoriedade do uso das câmeras.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]