O ex-ministro Tarso Genro (PT-RS) afirmou que o cenário econômico e a atuação do governo para o desfecho do conflito entre Israel e Hamas serão cruciais para um possível apoio dos evangélicos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros setores que não embarcaram na campanha petista em 2022. Genro já atuou como ministro da Educação, das Relações Institucionais e da Justiça nos primeiros mandatos de Lula, além de ter sido governador do Rio Grande Sul.
“Do que resultar dessa guerra, para o bem e para o mal, os governantes vão ser lembrados. O que fizeram em relação à guerra? Somos um continente pacífico no que se refere às relações internacionais... Vai depender também da reação da economia no ano que vem”, disse em entrevista ao jornal O Globo divulgada nesta segunda-feira (6). “Se essas duas questões fluírem de maneira adequada para o governo, vão influir de maneira poderosa na consciência média da população brasileira. Serão oportunidades de reconquistar setores religiosos que estão disponíveis para um certo diálogo”, acrescentou.
O ex-governador disse ainda que neste novo mandato o presidente precisa enfrentar a fragmentação do Congresso para governar. “Houve uma profunda deformação do sistema político e da representação parlamentar. Hoje, o Parlamento poderia ser composto por seis ou sete blocos. Tem separações, fragmentações. Isso permite que se criem forças novas dentro do Congresso que não só não têm experiência política como têm desejos imediatos de poder a qualquer preço”, avaliou Genro.
Para ele, “Lula está conseguindo, com essas ambiguidades e contradições, manter estabilidade de uma base que agora tem que partir para estabelecer uma conexão entre a reforma tributária, as desonerações de vários setores e o aumento da arrecadação para o país poder funcionar no ano que vem”. O ex-ministro considera que o "presidente orientou seu governo em cima de três temas nesse primeiro ano: o arcabouço fiscal, uma nova política externa e o combate à fome e à miséria absoluta".
"Diria que a questão da política externa está exemplar, o combate à fome e à miséria absoluta está em andamento e que nós temos de desatar o nó do arcabouço fiscal. E desatar o nó não é instalar o modelo neodesenvolvimentista, mas fazer a democracia liberal funcionar e fazer funcionarem os pressupostos de proteção social da Constituição. Se chegarmos a esse patamar, vai ser um governo de sucesso”, disse.
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