Uma enxurrada de memes associando a figura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à cobrança de mais impostos e taxas tomou as redes sociais nesta terça-feira (16), tornando-se assunto repercutido na imprensa e na sociedade. Usando do humor como meio para protestar e alcançar o maior público possível, cidadãos críticos ao governo produziram imagens, a maioria com paródias de superproduções cinematográficas, e impulsionando o apelido de "Taxad".
Zé do Taxão, MadTax, Rombocop, Taxman, entre outros trocadilhos com as feições do ministro foram se juntando de forma indexada. As muitas brincadeiras se repetiram em diversos tipos de postagem, replicadas em inúmeros compartilhamentos e envios de mensagens.
A iniciativa para carimbar a imagem do atual chefe da equipe econômica do governo como alguém que só quer saber de cobrar mais do contribuinte não é nova. Mas acabou ganhando tração com a torrente de memes em volume incomum na internet. Essa onda foi exibida até nos telões da Times Square, em Nova York.
Na imagem publicada na maior cidade dos Estados Unidos, o principal ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como o “Taxa Humana”, sátira do personagem Tocha Humana, herói do Quarteto Fantástico.
Secretário de comunicação do PT diz que Taxad "não vai pegar"
Diante dessa avalanche digital, o governo e o PT procuraram não mostrar temor, afirmando que a oposição não vai conseguir tachar Haddad de taxador. Ao jornal Folha de São Paulo, o secretário de comunicação do partido de Lula e Haddad, Jilmar Tatto garantiu não estar preocupado com as piadas. “Não vai pegar”, afirmou. Ele ainda afirmou que o ministro ficará conhecido como aquele que desonerou.
Mas o próprio Haddad parece ter sentido a movimentação, ao afirmar a empresários no Palácio do Planalto nesta terça-feira (16) que o setor produtivo e o governo precisam agir rápido para superar as fakes news antes que elas contaminem a economia real.
As críticas e as montagens divertidas sobre o ministro, apelidado de Taxad na internet, cresceram após a aprovação dentro da regulamentação da reforma tributária do Imposto Seletivo, que incide sobre produtos como cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas e veículos poluentes.
Ao longo do atual mandato de Lula, sobretudo neste ano, diversas iniciativas da Fazenda, em parceria com a Receita Federal, foram alvo de duras críticas de empresários e políticos de oposição. A reoneração da folha de pagamento e as alternativas à ela foram o principal alvo dessas queixas.
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