O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades na aplicação de recursos do Ministério do Turismo nos anos de 2020 e 2021, de acordo com um resumo da auditoria publicado na segunda (28) pela Corte.
A auditoria foi realizada para verificar a conformidade com as diretrizes da Política Nacional do Turismo (PNT) em relação à redução das disparidades regionais. Além disso, a eficácia do Mapa do Turismo Brasileiro (MTB) para orientar os investimentos turísticos também foi avaliada, de acordo com os objetivos da PNT.
Segundo o relator do processo, ministro-substituto Augusto Sherman Cavalcanti, a PNT recebe uma considerável alocação de recursos orçamentários para investimentos, com mais de R$ 5,9 bilhões em 2020 e R$ 430 milhões em 2021 destinados a despesas de capital. Isso engloba verbas para o Ministério do Turismo (MTur), o Fundo Geral de Turismo (Fungetur) e a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
A auditoria constatou que a pasta não cumpriu as diretrizes da PNT relacionadas à redução das desigualdades regionais. Como resultado, o TCU recomendou a formulação de diretrizes formais para a redução das disparidades regionais nos instrumentos de planejamento e programas do ministério. Isso também inclui melhorias no Fungetur para impulsionar a diminuição das disparidades por meio de créditos concedidos pelo fundo.
Além disso, o tribunal recomendou a definição de metas e indicadores para avaliar o alcance dessas diretrizes, assim como uma coordenação mais eficaz com o órgão ministerial responsável pelo desenvolvimento regional.
A auditoria também revelou que o Mapa do Turismo Brasileiro tem eficácia limitada como critério de alocação de recursos para promoção e fomento do turismo. O relator do processo, ministro-substituto Augusto Sherman Cavalcanti, afirmou que “a falta de instrumentos que permitam o direcionamento de investimentos baseados em critérios objetivos conduz à ineficiência e à má alocação de escassos recursos públicos”.
Diante disso, o TCU recomendou que o Ministério do Turismo, em 120 dias, proponha aprimoramentos em seu planejamento operacional. A proposta orçamentária deve destacar ações prioritárias para o desenvolvimento do turismo e ressaltar que o Mapa do Turismo Brasileiro deve servir como diretriz objetiva para a escolha e priorização de investimentos no setor.
À Gazeta do Povo, o ministério afirmou por nota, no final da tarde de terça (29), que ainda não recebeu oficialmente o resultado final da auditoria e nem foi notificado sobre o procedimento. "Vale destacar que a referida auditoria foi realizada no último ano de 2022 e que a atual gestão está trabalhando na reformulação do Plano Nacional do Turismo com novas metas e ações para o desenvolvimento do turismo e para a redução das desigualdades regionais no setor", completou.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF