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Encontro

Simone Tebet se reúne com MST para discutir reforma agrária; Haddad é o próximo

Simone Tebet
Encontro de Simone Tebet com o MST não foi registrado na agenda oficial do ministério, e discutiu orçamento para a reforma agrária. (Foto: MST)

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A ministra Simone Tebet, do Planejamento, se reuniu com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na noite desta segunda (16), para discutir o direcionamento de recursos do orçamento para políticas de reforma agrária.

O encontro em Brasília foi registrado pelo MST, embora não tenha sido marcado na agenda oficial da ministra. Segundo o movimento, Simone Tebet teria dito aos integrantes que eles “precisam entrar na agenda do orçamento brasileiro”.

“Sabemos que é a agricultura familiar que produz alimentos no país. Por isso, precisamos de um plano nacional, para este ano ainda, que tenha metas em curto, médio e longo prazo”, disse a ministra ao movimento.

Segundo o registro do MST, Simone Tebet teria destacado ainda a necessidade do “imediato assentamento de todas as famílias acampadas no país”, além da urgência em se garantir um orçamento para impulsionar políticas de incentivo à produção de alimentos saudáveis.

O MST afirma, ainda, que foi discutida a retomada do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária, com a aplicação de recursos para o projeto. A ministra não comentou o encontro.

Além de Simone Tebet, o MST se reúne nesta terça (17), às 16h, com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Desde o começo do governo Lula, o MST tem se mostrado insatisfeito com a falta de ações para acelerar a reforma agrária no país – uma bandeira do movimento que é um aliado histórico do presidente. No começo deste mês, um dos líderes do movimento, João Paulo Rodrigues, disse que novas invasões não estão descartadas.

“Estamos preocupados, sim, com o ritmo do governo. Estamos em outubro e não podemos terminar o ano com um saldo muito baixo para a base dos movimentos no campo”, disse.

Segundo Rodrigues, o governo “tem um compromisso com a reforma agrária”, mas garantiu que a possibilidade de novas invasões não é uma “retaliação, vingança ou pressão”. Para ele, o governo Lula “não pode levar um ano apanhando da máquina”, pela baixa quantidade de recursos para a reforma agrária.

Dias antes, áudios de parlamentares da base petista na Câmara dos Deputados revelaram a insatisfação com ministros de Lula, principalmente aqueles ligados às políticas agrárias. “Apresentamos [um valor e negaram]. Baixamos para R$ 200 [milhões] e estão falando em R$ 40 [milhões]. Gente, isso é crise”, afirmou Airton Faleiro (PT-PA) em uma das mensagens.

João Paulo Rodrigues ainda se mostrou insatisfeito com o resultado da CPI, em que o relator deputado Ricardo Salles (PL-SP) classificou o movimento como uma “organização criminosa” e criminalizou as atividades. O relatório não foi votado, mas uma série de projetos de lei foi sugerida ao Congresso.

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