Um grupo de 36 técnicos que assessoraram o Ministério da Saúde na elaboração do Plano Nacional de Imunização para A covid-19 divulgou, neste sábado, uma nota conjunta criticando o fato de o documento ter sido entregue ao Supremo Tribunal Federal e, na sequência, tornado público, antes mesmo de ter sido apresentado a eles.
“O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da covid-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência. Importante destacar que o grupo técnico havia solicitado reunião e manifestado preocupação pela retirada de grupos prioritários e pela não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes”, diz a nota.
Na nota o grupo ainda faz apontamentos sobre questões que sugeriram ao plano e acabaram não contempladas. Os técnicos reiteram a recomendação técnica para que todas as populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, incluindo a população carcerária. O grupo também pede a ampliação da vacinação para todos os trabalhadores da educação e de áreas essenciais. E que o governo “abra negociações para a aquisição de outras vacinas que atendam os requisitos de eficácia, segurança e qualidade”.
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