• Carregando...
nelson-teich
Nelson Teich, ministro da Saúde.| Foto: PR

O ministro da Saúde, Nelson Teich, reiterou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30) que sua intenção não é flexibilizar o isolamento, mas publicar uma diretriz que aborde as melhores medidas de acordo com as circunstâncias de cada momento e lugar. “Ninguém está pensando em flexibilizar nada. A gente só está desenhando um projeto e uma diretriz”, afirmou.

Na semana passada, Teich havia prometido “entregar” essa diretriz nesta semana, mas não especificou a data de publicação. Na coletiva desta quinta, ele disse que a diretriz já está pronta, mas que o Ministério da Saúde está estudando a melhor forma de publicá-la.

“A gente já tem essa diretriz pronta. Na verdade, a gente só está vendo qual vai ser a melhor forma de colocar isso para as pessoas. Ela vai estar disponível para a discussão com os estados e municípios. Mas, hoje, eu tenho uma preocupação muito grande de como essa veiculação pode ser usada”, afirmou. “Se liberar uma diretriz dessa puder soar como uma orientação ou uma recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim”, acrescentou o ministro.

Covid-19 pode deixar legado para o sistema de saúde, diz Teich

O ministro falou de um possível legado do coronavírus para o sistema de saúde por conta das aquisições que vêm sendo feitas de forma emergencial. Até agora, o país já ganhou 1.456 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde que a crise começou.

“Tudo o que a gente tem feito visa a abordar não só a crise da Covid. A gente está trabalhando sempre com a ideia do que que a gente pode deixar, a partir das mudanças que a gente está fazendo, que seja um legado para a sociedade, para que a gente tenha um sistema de saúde melhor quando isso tudo passar”, disse Teich.

Teich pede cautela à imprensa sobre divulgação dos planos

Nos últimos dias, durante a coletiva, Teich tem recebido questões da imprensa que partem do pressuposto de que seu plano seja flexibilizar o isolamento imediatamente. Diante de novas perguntas do tipo feitas nesta quinta, o ministro criticou a insistência da imprensa na ideia de que ele quer promover a flexibilização.

Teich disse que os jornalistas “têm papel fundamental para fazer com que isso não seja polarizado” e pediu que o tema seja “tratado de uma forma equilibrada, de uma forma serena”.

“Isso é uma coisa que eu gostaria muito que vocês tomassem cuidado, como vocês escrevem as coisas, porque vocês influenciam uma população inteira. Aqui ninguém está pensando em relaxar o isolamento. A gente está criando uma diretriz”, disse.

Teich afirmou ainda que “informação é fundamental, mas ela precisa ser muito bem escrita, para que não crie mais problema do que solução”.

Damares divulga máscara que permite leitura labial para surdos

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, participou de uma coletiva que antecedeu a do Ministério da Saúde. Ela apresentou números de investimentos do governo para apoiar públicos vulneráveis, e também falou de campanhas que sua pasta tem promovido.

Uma delas se direciona aos surdos, que podem ser prejudicados pelo uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 que impedem a leitura labial. “A nossa Secretaria da Pessoa com Deficiência tem chamado a atenção para os surdos, a leitura labial. Para quem trabalha com surdos, a máscara, para leitura labial, precisa ser transparente”, disse a ministra, mostrando uma máscara com material transparente na área que cobre a boca.

Segundo Damares, o seu ministério tem um subcomitê dentro do comitê do governo de combate à pandemia, voltado especificamente para o público mais vulnerável. O objetivo é atender a população de rua, comunidades tradicionais e pessoas idosas, entre outros públicos vulneráveis. O objetivo do subcomitê, de acordo com a ministra, é “garantir, lá na ponta, a segurança alimentar” e “atender às especificidades da questão imunológica de cada público”.

Em relação à população idosa, segundo Damares, o governo já destinou R$ 8,3 milhões a instituições de acolhimento desse público, para a aquisição de cestas básicas, kits de higiene e reforço alimentar.

Veja como está a incidência do coronavírus no Brasil

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]