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Censura ao X

Telão na Times Square incentiva uso de VPN com referência a Moraes

Telão em NY incentiva uso de VPN com referência a Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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Um telão posicionado da Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos, passou a exibir uma propaganda de incentivo ao uso de VPN (rede virtual privada) em referência à proibição do recurso no Brasil para acessar o X por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A rede social de Elon Musk foi banida do Brasil após o empresário se negar a cumprir “ordens ilegais” de Moraes contra usuários da plataforma.

Na decisão, além de banir o X, Moraes determinou multa de R$ 50 mil a quem usar "subterfúgios tecnológicos", como VPN, para acessar a rede social do Brasil.

No telão da Times Square, a mensagem “VPN-SE” aparece sobre a imagem de um homem careca, aparentemente, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com o jornal Poder360, organizadores teriam informado que a propaganda será exibida uma vez por hora, durante 24 horas.

O telão de 16,7 metros de comprimento por 9,4 metros de largura custa cerca de US$ 250 por inserções de 15 segundos.

Telões já foram usados para criticar Lula, Haddad e Barroso

Esta não é a primeira vez que painéis da Times Square são usados para manifestações críticas a figuras do Judiciário e do Executivo brasileiro.

Em julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apareceu nos telões do local como “Taxad”, “Zé do Taxão” e “Taxa humana”, em referência ao aumento da carga tributária do Brasil no governo Lula.

No mesmo mês, o próprio Moraes, o presidente Lula (PT) e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, foram satirizados ao serem representados no lugar dos protagonistas da franquia Crepúsculo.

“Vampiros que sugam sua liberdade e aprisionam seu corpo”, dizia a frase usada na montagem. 

Censura ao X

O banimento do X aconteceu depois que a plataforma não atendeu uma determinação de Moraes que pedia a indicação de um responsável legal no Brasil. 

A decisão faz parte de um inquérito que envolve o empresário Elon Musk, sócio do X.

Em abril, Alexandre de Moraes determinou que Musk fosse investigado pelos crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime.

Analistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que a decisão do ministro do STF viola leis e cria nova espécie de ato jurídico, expondo o Brasil ao “ridículo internacional” pela forma como foi feita a intimação que originou a derrubada da plataforma.

Musk tem denunciado "ordens ilegais" de Moraes para censurar perfis da rede social.

Ainda, segundo Musk, com ajuda de ex-funcionários da rede social, Moraes também teria interferido nas eleições de 2022.

STF endossou censura

Na segunda-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, a decisão de Moraes que bloqueou o acesso à rede social X na última sexta (30). 

O julgamento começou na madrugada e teve os votos do próprio ministro Alexandre de Moraes, que é também relator da ação, e de Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux -- este último acompanhou com ressalvas.

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