O ex-presidente Michel Temer (MDB).| Foto: Divulgação/Presidência
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse que o embate travado pelo Congresso Nacional contra os abusos do Judiciário “não é útil para o país”. Segundo Temer, as repercussões negativas desse conflito podem atrapalhar a captação de novos investimentos e a geração de empregos.

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O ex-presidente também disse ser contra a fixação de mandatos para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) neste momento. Para Temer, a medida estaria na contramão de uma "tentativa de pacificar o país".

Temer foi o responsável pela indicação de Alexandre de Moraes para o STF. Atualmente, o ministro é alvo de 21 pedidos de impeachment no Senado e um dos principais alvos das críticas de congressistas e diversos setores da sociedade.

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“Não convém alimentar muito essa discussão de divergência entre Supremo e Legislativo porque não é útil para o país. Isso tem repercussão externa. O que nós falamos aqui, os investidores do mundo todo ficam sabendo dez minutos depois. Isso não é bom porque nós precisamos de investimentos dos mais variados para gerar cada vez mais emprego”, disse o ex-presidente durante entrevista concedida à CNN Brasil, na última quinta-feira (5).

Questionado sobre a excessiva personalização dos ministros do Supremo, em especial do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente disse que não se arrepende da indicação e que Moraes tem muita “sabedoria política e coragem jurídica e cívica”.

Para Temer, o ministro Alexandre de Moraes demonstrou uma “coragem inaudita” durante o período eleitoral do ano passado a fim de garantir o resultado das urnas.

“Acho que as pessoas fazem muita crítica. Ele é exuberante, mas é uma boa exuberância”, disse Temer sobre o seu indicado para a Suprema Corte.

Temer ainda descartou a tese encampada por Moraes e pelo STF para condenar manifestantes do 8/1 por "abolição do estado democrático", mas manteve os elogios ao ministro pelas medidas tomadas contra os acusados em processos considerados autoritários por diversos juristas.

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“Golpe só é possível se as Forças Armadas quiserem. Se as Forças Armadas não fizerem, não há golpe no país. Não é um grupo desavisado que vai dar um golpe no país. Pode ter havido tentativa, mas era uma tentativa vã, que aliás foi muito bem combatida pelo Alexandre”, destacou o ex-presidente.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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