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Articulação

Tereza Cristina diz que PP não vai entrar na base, mas pode ter nomes no governo

Tereza Cristina
Senadora líder do PP diz, no entanto, que partido não vai barrar filiados que queiram fazer parte da base do governo. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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A senadora Tereza Cristina (MS), líder do PP no Senado, reforçou a afirmação do presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira, de que o partido não vai fazer parte da base do governo, mas que não vai barrar nenhum filiado que receber algum convite da articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A declaração ocorre num momento em que o governo Lula busca ampliar a base no Congresso para conseguir aprovar projetos considerados prioritários. Na semana passada, o presidente disse que vai se reunir com os líderes partidários na volta do recesso, em agosto, para apresentar o que pode ser ofertado no governo aos partidos.

Segundo a senadora, o PP pode ter “alguém indicado por A ou B, mas é um nome, não quer dizer que o partido vá para o governo”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (17).

Apesar de reafirmar que o partido não fará parte da base governista, Tereza Cristina diz que isso não quer dizer que o PP será oposição em tudo o que for apresentado ao Congresso. Ela diz que a legenda faz uma “oposição responsável” e que “não fecha questão”, que é quando há uma orientação unificada a favor ou contra uma determinada pauta.

“Não é só porque é oposição que tem que votar contra tudo. Falando do meu caso, nunca recebi uma orientação: ‘Vote contra ou a favor disso’. O PP encaminha sim, mas temos a liberdade de tomar nossas decisões”, disse.

Tereza Cristina também vê que ainda é cedo para falar em nomes da direita para a sucessão presidencial de 2026, e que nomes ainda podem surgir além dos que estão sendo citados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr. (PSD-PR) e o próprio presidente do PP, Ciro Nogueira.

O que precisa neste momento, diz, é que o campo da direita se mantenha unido para a disputa da próxima eleição presidencial.

“Nosso campo só não pode se dividir, temos que estar juntos, PP, PL, Republicanos e outros mais. Se a gente estiver unido, vamos achar o melhor candidato para presidente e vice, pragmaticamente, para ganhar as eleições”, afirmou.

Ainda segundo a senadora, é cedo afirmar que Bolsonaro estará inelegível até 2026. “Lula era inelegível há dois anos e meio atrás. Volto a dizer, é muito cedo. Hoje estamos fazendo as especulações, mas a política é dinâmica”, completou.

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