O empreiteiro Marcelo Odebrecht entregou à Polícia Federal (PF) um documento no qual explica a identidade de alguns codinomes citados em e-mails apreendidos em seu computador. No material enviado à Lava Jato de Curitiba, ele diz que o "amigo do amigo do meu pai" é o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Marcelo Odebrecht, contudo, não acusou o ministro de participação no esquema de corrução revelado pela Lava Jato.
O codinome foi citado em um e-mail de 13 de julho de 2007 enviado por Marcelo Odebrecht aos executivos da empreiteira Adriano Maia e Irineu Meireles para tratar sobre questões referentes a hidrelétricas no Rio Madeira, na Região Norte, com a Advocacia-Geral da União (AGU). À época, Toffoli era advogado-geral da União no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
LEIA TAMBÉM: Perícia da PF indica repasses de R$ 1,5 milhão da Odebrecht a Rodrigo Maia e seu pai
"Amigo do amigo de meu pai se refere a José Antônio Dias Toffoli. A natureza e o conteúdo dessas tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que as conduziu", diz o documento enviado por Marcelo Odebrecht. O pai de Marcelo, por sua vez, é Emílio Odebrecht, empreiteiro que tinha proximidade com Lula. O ex-presidente petista, nas planilhas de codinome da empreiteira, era chamado de "amigo de meu pai".
Procurado pela reportagem, o ministro Dias Toffoli não se manifestou.
FIQUE POR DENTRO: ‘Insatisfeita’ com sentença, Lava Jato quer aumentar pena de Lula no caso do sítio de Atibaia
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião